segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Informe da Estadual do SINTE

Governo libera Licença para Mestrado e Doutorado, mas critérios para concessão criam barreiras para o acesso e excluem trabalhadores

Após o anúncio feito pelo Secretário Eduardo Deschamps, no Dia do/a Professor/a, que o governo estaria liberando os/as profissionais para cursarem mestrado e doutorado, este elogiado pela imprensa como presente aos/as mestres/as, no dia 16/10/2014, a SED publicou o edital 34/2014, estabelecendo datas e critérios para o a afastamento. O edital abre a concessão da licença apenas para detentores dos cargos efetivos de professor/a e de Consultor/a Educacional, excluindo os/as demais trabalhadores/as, discriminando e negando o direito à formação a todos/as os profissionais. Ao não entender o conjunto dos/as profissionais da educação, como peças chaves ao processo pedagógico, além de prejudicar uma grande parcela dos/as trabalhadores/as, deixa clara a concepção de educação do governo: elitista e excludente, pois privilegia alguns, em detrimento de outros/as.
Lembramos ao sr. governador que a escola não pode continuar sendo entendida de forma fragmentada. Todos/as que nela atuam são de igual importância, e a qualidade que queremos só se dará, quando o conjunto destes/as profissionais estiver adequadamente capacitado. Não podemos aceitar a visão de que apenas alguns/as profissionais fazem parte daqueles/as que são indispensáveis para aprofundar seus conhecimentos e contribuir no desenvolvimento educacional do conjunto da escola.
Não é a primeira vez que isso acontece. A fórmula usada para este decreto se assemelha ao que trata da escolha de diretores, que, da mesma forma, cria critérios que beneficiam alguns setores, deixando outros excluídos do processo. Desta forma, profissionais importantes para o bom andamento da escola, como os AEs e ATPs, ficam completamente excluídos, pois ambos os decretos impossibilitam a participação deles.
Queremos entender, também, de que forma ou qual o critério a ser adotado para definir as áreas de interesse, e quais serão as prioridades, ou quesitos, que serão relevantes para a escolha dos projetos dos/as candidatos/as, pois isto não está claro no edital. Outro fator que precisamos levar em conta são os anos em que o Estado represou esta concessão. O decreto limita em apenas um afastamento por Regional (GERED), para cursar mestrado, e quatro em todo Estado para cursar doutorado, número insuficiente, para minimamente contemplar as necessidades das escolas, o que, mais uma vez, frustra a expectativa daqueles que, há longo tempo, aguardavam a possibilidade de aprofundar seus estudos.
Para o SINTE/SC, a qualificação dos trabalhadores em educação é essencial, para a melhoria da administração pública, pois interfere diretamente na qualidade da educação, e represar ou contingenciar a liberação dos profissionais da educação, limitando, de forma tão radical, a possibilidade de estudo, não é razoável, nem é a melhor forma de dar o salto de qualidade tão necessário na educação. Entendemos que aprimorar e qualificar nosso contingente de trabalhadores/as é apenas um dos fatores necessários para estimular uma carreira tão desacreditada como a do magistério. Por isso, deve ser facilitado, para que possamos alcançar a meta que toda a sociedade almeja: Uma educação pública e de qualidade para todos/as.

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