quinta-feira, 23 de abril de 2015

Informe da Estadual do SINTE

Carta da CUT em apoio ao SINTE nas lutas da categoria

Companheiros e companheiras,

Companheiros/as, apesar da preocupação com calendário escolar e os prejuízos aos educandos da rede publica estadual, os/as professores/as da rede pública estadual representados pelo SINTE, reunidos em assembleia na tarde do dia 15 de abril, entenderam não ter alternativa senão a de continuar com a greve deflagrada no dia 24 de março.
Na avaliação da direção e da assembleia reunida dia 15/04, a proposta de plano de carreira do magistério catarinense apresentada pelo Governo do Estado está longe de atender o pleito da categoria, que é a descompactação da tabela salarial. Dentre as ações para essa descompactação, o governo tenta precarizar ainda mais as já precarizadas condições de trabalho dos ACTs e incorporar a regência de classe, um percentual pago aos professores que atuam em sala de aula.
As lutas do SINTE são pela valorização de todos os profissionais que atuação na educação da rede pública estadual, não só os efetivos. Dessa forma, não aceitam ampliar ainda mais diferenças nas condições de trabalho entre efetivos e ACTs e, consequentemente, a divisão da categoria, como pretende o Governo.
A incorporação da regência de classe aos vencimentos é outro ponto que não tem acordo. Segundo o SINTE, esse percentual de regência será diluído nos salários nos próximos anos, concretizando-se, mais uma vez, a compactação da tabela salarial e desestimulando o profissional a investir em sua carreira.
Insistindo na proposta, o governo Colombo já contabilizou uma derrota na ALESC, ao não ter apoio da base aliada para aprovar a MP 198 (que tratava dos ACTs), matéria que deverá voltar ao parlamento, junto com a proposta de plano de carreira que deverá entregar na ALESC nos próximos dias.
Companheiros/s, a luta por educação pública de qualidade no estado é dever de todos nós, trabalhadores e trabalhadoras de SC. Dessa forma, orientamos nossas bases a fortalecerem as lutas do SINTE, apoiando-os nas ações locais e divulgando essa luta nas páginas virtuais do sindicato e boletins informativos que são distribuídos nos locais de trabalho.

Abaixo, segue proposta de texto para ser divulgada.

Educação pública de qualidade: um direito de todos nós e um dever do Estado

Não há profissão que não dependa da educação escolar. Infelizmente, essa verdade parece não ser entendida pela maioria dos governantes. No estado de SC, além da falta de escolas ou boa parte delas funcionando em péssimas instalações, a qualidade da educação pública estadual é agravada com medidas de desestímulo aos profissionais responsáveis pela formação escolar de nossos filhos/as. Além de grande parte serem contratados pelo período de, no máximo, um ano (os ACTs), não há um plano de carreira que incentive estes profissionais dedicarem-se como gostariam e deveriam, investindo na sua formação profissional de forma permanente, com cursos de especializações.
É impossível pensarmos em qualidade de educação sem que seja assegurado aos profissionais um plano de carreira que os incentive e lhes dê segurança de que a dedicação exclusiva à atividade e o investimento que precisam fazer em especializações, em formação permanente, será reconhecida pelo Estado, a quem cabe o dever de assegurar aos contribuintes, de forma especial a nós, trabalhadores/as, educação pública gratuita e de qualidade.
No início deste ano, o SINTE retomou as tentativas de negociação com o Governo Colombo, a fim de resolver alguns dos problemas da educação. No meio do processo de negociação, Colombo resolve mandar para a ALESC a Medida Provisória 198 – sobre os ACTs (admitidos em caráter temporário, praticamente e metade dos professores que atuam em sala de aula). Não restou aos professores/as outra coisa senão deflagrar a greve. Tentaram, durante quase 20 dias, para que o governo retirasse MP 198 da ALESC, mas ele não atendeu. Só retirou depois de a categoria já estar em greve, a pedido dos deputados da sua base aliada, devido a pressão dos professos que ocuparam a AESC.
Pais e mães, como o governo Colombo não abre mão de suas propostas, na tarde do dia 15 de abril, em Florianópolis, mais de três mil professores/as reunidos/as em assembleia decidiram manter a greve.  Contamos com o envolvimento de todas a comunidade escolar: professores/as, pais/mães  e alunos/as nessa luta, para que a greve tenha a menor duração de tempo possível, evitando maiores prejuízos à formação escolar de nossas crianças, adolescentes e jovens.

Trabalhadores/as, essa luta é de todos nós.

A força da classe trabalhadora está na consciência de seus direitos e determinação na sua organização e mobilização.

Direção da CUT SC

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