Para celebrar os 50 anos da Revolta de Stonewall, importante marco da luta LGBT contra a discriminação e homofobia pelo mundo, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) divulga nesta segunda-feira (24), o lançamento de duas pesquisas que abordam a questão do público LGBT na educação. Os trabalhos, que ainda estão em desenvolvimento, tem como objetivo traçar um perfil a respeito dos educadores que abordam o tema em sala de aula e a metodologia escolhida para a abordagem com os estudantes e familiares.
Coordenada pelo pesquisador Marcos Ribeiro, a pesquisa “Educação e Sexualidade no Ensino Fundamental”, é destinada a professores do 1° e 5° ano. O trabalho acadêmico pretende mapear como os educadores abordam conteúdos LGBT com os alunos. Além disso, a pesquisa pretende identificar qual a metodologia mais utilizada pelos professores, além dos desafios enfrentados dentro e fora da sala de aula.
A pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de curso de licenciatura em Pedagogia do professor Marcos Ribeiro e tem parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). "A pesquisa é importante, porque a escola é uma espaço de curiosidade e que perguntas em sala de aula são naturais. A educação sexual de forma adequada, com respeito à idade de cada estudante, contribui na prevenção de doenças e também diminui pré-conceitos", destaca o secretário de Direitos Humanos da CNTE, Christovam Mendonça.
Além das incontáveis lutas em defesa da Educação Pública e do Magistério, a CNTE destaca-se por iniciativas, como o Projeto DST/Aids, que oferece aos professores a possibilidade de construir políticas educacionais para a abordagem da temática. "Nossas escolas precisam promover o debate contra o preconceito em todos os aspectos”, complementa o secretário de Direitos Humanos da CNTE.
A segunda pesquisa trata das identidades docentes e homossexualidade. O questionário, para mestrado, elaborado pela historiadora Mariana Carvalho Teixeira, tem como objetivo traçar um breve perfil do docente. “O interesse principal é conhecer as experiências de trabalho e de vida de professores/as, que se identificam como homossexuais, um grupo ainda pouco estudado e que acreditamos que merece mais atenção da pesquisa acadêmica”, explica Mariana Teixeira.
Uma das questões apresentadas pela pesquisadora aborda o Coletivo LGBT Prof. Fernando Schueller, criado pela APEOESP em 2010, durante o I Encontro LGBT realizado pelo Sindicato, para debater temas como a garantia de direitos sexuais, a liberdade de orientação sexual, a luta contra a homofobia e qualquer outra forma de preconceito. O APEOESP sempre defendeu a abordagem interdisciplinar de temas relacionados à saúde, sexualidade e combate a toda e qualquer forma de preconceito e violência.
Mais detalhes a respeito das pesquisas, você encontra no site da APEOESP, que para comemorar a data de luta do público LGBT lançou nesta segunda-feira um informativo especial contando a história da revolta de Stonewall, as mudanças no mundo e no Brasil. Além de artistas que apoiam a causa e questões a respeito de bullying nas escolas.
Para participar das pesquisa é só acessar os links:
Acesse o boletim da APEOESP na íntegra:
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