sexta-feira, 20 de abril de 2012

Carta aos Pais.

Os trabalhadores em Educação do Estado de Santa Catarina em função do não cumprimento do acordo firmado entre o Governo do Estado e a Categoria no final da greve de 2011 e exercendo o direito constitucional à livre associação sindical e, consequentemente, o direito de negociar as suas condições de trabalho e perspectivas de carreira para o funcionamento permanente da educação pública, decidiram em Assembleia Estadual realizada em Florianópolis no dia 17 entrar em greve por tempo indeterminado.

O acordo feito pelo governo com os trabalhadores em educação era de respeitar a Lei do Piso Nacional, que estabelece o percentual de aumento que deve ser aplicado em sua carreira no mês de janeiro de cada ano.

Conhecedor da lei e apesar do longo prazo dado ao governo pela categoria para o cumprimento do acordo este ignorou o compromisso assumido e propôs o pagamento do reajuste de forma parcelada até o final de 2013, proposta que os professores rejeitaram por entenderem que a mesma não contempla toda a categoria. Esta atitude forçou os trabalhadores/as para mais uma greve.

Entendemos a angustia dos pais e dos alunos com a situação, no entanto alertamos que os trabalhadores em educação tiveram seus salários e sua condição de trabalho duramente atacados por políticas governamentais que não se importam com a educação de seus/suas filhos/as e nós não podemos mais aceitar esta situação.

“Se como todos afirmam que sem educação não há futuro, garantir educação de qualidade é extremamente importante”. Porém, é necessário que haja pessoas dispostas a seguir a carreira de professor/a. Afinal, um bom aluno depende em grande parte de um bom professor.

O problema é que atualmente o número desses profissionais já não é suficiente e a sua falta é sentida no dia a dia das escolas e as pessoas que se dispõem a trabalhar em condições precárias e baixos salários vem diminuindo sensivelmente.

A deflagração de greve é o último recurso usado pelos trabalhadores/as na luta por melhores condições de trabalho e seu apoio é fundamental, para que a mesma se encerre. Juntos e organizados, os (as) trabalhadores (as) em educação e sociedade poderão cobrar do governo mais respeito e investimentos na educação rumo à construção de uma escola pública gratuita e de qualidade para todos, em todos os níveis e modalidades de ensino.

Um comentário:

  1. Todos nós, certamente, temos o discernimento de que esse governo que aí está é remanescente de políticas governamentais do anterior, que nunca foram de relevância para os educadores e comunidade escolar. Ademais, sempre foram um entrave ao crescimento "per capita" da população catarinense.
    Pertinente à educação não tem o que discorrer, só relembrando que governador Colombo votou a favor da lei 11.738 quando senador, o sr. Luis Henrique junto com o sr. Bauer entraram com a Adin contra a educação (Lei do piso), porém, não esqueçamos que os atuais deputados estaduais se "venderam", votando uma lei esdrúxula, inequívoca, incoerente, no apagar das luzes ano passado. A classe do magistério esperou até demais pela tal implementação da Lei Federal 11.738. Frente a isso, não nos resta outra alternativa, senão parar com as atividades docentes, pois um governo que não cumpre lei (lei se cumpre, não se discute), como iremos orientar nossos educandos sobre CIDADANIA, RESPEITO ÀS LEIS, RESPEITO ÀS INSTITUIÇÕES, AMOR AO DIREITO, ESPERANÇA NO FUTURO, APOSTAR NO PRESENTE, (...)?
    Com respeito aos direitos individuais, poderemos num futuro próximo sermos acusados de meliantes educacionais, caso cruzarmos os braços e aceitarmos que a educação em SC vai bem obrigado!
    Meus amigos professores, as necessidades são tantas de tantos, mais especificamente nós educadores. Não vamos omitir as falácias, irresponsabilidades, insensatez, opressões dos governantes atuais, para não sermos acusados posteriormente de termos cometido genocídio de uma ou duas gerações, e não esqueçam que o tempo, bem como as pessoas, cobram!
    O tempo é já. Só se retraem e voltam atrás, quem não vislumbra um futuro na educação pública, gratuita, de qualidade, e acessível a todos.
    "Os poderesos podem esmagar as rosas, mas não podem deter o resplendor da primavera".
    Vamos à luta.
    Abraços.

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