Na audiência do dia 06, com a SED o descaso já ficou escancarado, visto que, o secretário nem apareceu para debater com o SINTE, terceirizando suas funções aos seus assessores e ao CONER. A exemplo das últimas reuniões, o Governo se mantém intransigente com a pauta de reivindicações dos trabalhadores em educação.
Sobre a PEC 287 da Reforma da Previdência, a SED lava as mãos sobre a aposentadoria e demonstra não ter preocupação com as consequências didáticos/pedagógicas que esta reforma representará, pois se aprovada, teremos trabalhadores em educação acima de 70 anos em sala de aula, inclusive para os anos iniciais.
Sem se importar com a queda do poder aquisitivo dos trabalhadores em educação, que acumulam perdas salariais desde 2014, o Governo não sinaliza qualquer possibilidade de reajuste salarial, continua não reconhecendo o pagamento do Piso na Carreira, ao contrário de outros estados e redes de ensino.
Argumentam que a mísera política de descompactação da tabela aprovada no novo Plano de Carreira que prevê aproximadamente 2,5% em Maio e 2,5% em Novembro atendeu e atenderá até 2018 os supostos “reajustes salariais”, apesar do próprio Secretário em outro momento ter afirmado que a descompactação nada teria a ver com a política de reajustes. Enfim, segundo a fala da assessoria o pagamento das perdas salariais (piso e inflação) só irá ser efetivado através de um “milagre econômico em SC”.
Com relação a anistia das faltas para fins funcionais, o Governo se apresentou indiferente ao magistério, mantendo sua política de punição, mesmo sem significar grande impacto financeiro, se recusa a abonar faltas de assembleias de 2012 a 2014, o que prejudicou as progressões de centenas de trabalhadores. Sobre as faltas da greve de 2015 afirmaram que o projeto de Lei está em discussão na Casa Civil. Vale ressaltar que há mais de 1 ano tal projeto está parado sem que o Governo envie para a Assembleia Legislativa.
Ao ser indagado pelo sindicato sobre o ensino médio noturno, a resposta foi de que haverá um processo de extinção gradual dessa modalidade de ensino. As justificativas são as mais diversas, entre elas o pagamento do adicional noturno para os trabalhadores em educação. Para nós este é um ataque direto aos que mais precisam, os jovens trabalhadores que sem essa oportunidade não terão a condição de seguir seus estudos. Um passo largo para as privatizações, uma política de Estado mínimo que se exime da sua responsabilidade com a educação, retirando o acesso ao conhecimento de uma parcela da população, com o ônus para a classe trabalhadora.
Mais do que nunca está na ordem do dia a necessidade de unificação e luta dos trabalhadores contra o desmonte do estado e da escola pública. Nesse sentido convocamos a categoria para aderir à Greve Geral Nacional no próximo dia 28 de abril, onde toda classe trabalhadora virá as ruas para mostrar sua força e derrotar Temer e Colombo.
Fonte: SINTE SC
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