Para promover a valorização do profissional, foi instituído, em 2008, o piso nacional da educação, hoje calculado em R$ 1.451. Mas sindicatos e governos vivem em pé de guerra por conta dos reajustes, indexados à atualização anual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) - de 22% em 2012. Com isso, estados e municípios se dizem sem condições de pagar. Já existe, inclusive, um projeto de lei no Congresso Nacional para mudar a forma de reajuste do piso, passando a ser alterado pelos índices da inflação.
"É preciso modificar, de fato, esse cálculo, caso contrário, ficará mesmo inviável as prefeituras e os estados pagarem. Mas, enquanto isso não ocorre, as categorias vão reivindicar seu direito, é legítimo", afirma Carlos Eduardo Sanches, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e integrante do Conselho Estadual de Educação do Paraná. Para Heleno Araújo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o piso é fundamental para promover a valorização do docente. "É claro que há outras demandas, mas salário é importante para qualquer carreira." Ele cita pelo menos dois estados que não estão pagando o piso: Rio Grande do Sul e parte de Minas Gerais. (RM e PF)
Nenhum comentário:
Postar um comentário