Nesta quarta-feira, 25 de setembro, às 14 horas, o Fórum
em Defesa da Vida, por Justiça e Democracia realiza mais uma manifestação, em
Chapecó, na frente do prédio da Polícia Federal. O objetivo do ato será
denunciar o fato de lideranças de movimentos sociais e sindicais serem
intimadas a depor, na Polícia Federal, em razão de terem participado do
manifesto, no dia 14 de março deste ano, quando pediam esclarecimentos sobre o
resultado da exumação do corpo do professor Marcelino Chiarello.
Cerca de 30 pessoas, que participaram do ato
público, em março, foram intimadas pelo delegado da Polícia Federal de Chapecó.
Os depoimentos já começaram a ser registrados, e devem prosseguir, até meados
de outubro. Enquanto isso, a causa da morte do professor Marcelino Chiarello
continua sem conclusão judicial.
Morte
- Marcelino
Chiarello tinha 42 anos, quando foi encontrado morto, no dia 28 de novembro de
2011. O professor e vereador estava pendurado pelo pescoço pela alça de uma
maleta de notebook, na janela do quarto de visitas de sua casa, em Chapecó, onde
morava com a mulher e o filho do casal.
Três laudos foram concluídos, dando parecer de
suicídio, à causa da morte de Marcelino Chiarello. Entretanto, o reconhecido
perito criminalista Daniel Romero Muñoz, na companhia de equipe técnica da USP,
esteve em Chapecó, contratado pela família de Marcelino Chiarello, tendo
emitido atestado de homicídio, para o caso. Muñoz possui graduação em Medicina,
pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (1973), mestrado em Patologia
Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo (1983) e doutorado em
Patologia pela Universidade de São Paulo (1987). Atualmente, é Professor
Titular de Medicina Legal, Medicina do Trabalho e Bioética da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo.
No atestado, Dr. Muñoz afirma: “O trabalho
científico, ora apresentado, é autoexplicativo, mas o que o difere das perícias
anteriores é o detalhe de que todos os fatos afirmados são demonstrados,
inequivocamente, mediante simulações e experiências, tudo com base em sinais
incontroversos. Esses sinais, na maioria, são do conhecimento dos demais
peritos que atuaram nas investigações. Há, entretanto, outros achados feitos
pela equipe responsável, que, para garantir medidas e outros elementos de
avaliação, veio a casa onde a morte se deu. A conclusão inexorável do estudo
científico (ou parecer) é que, dentro do que se permite afirmar em matéria
científica, Marcelino Chiarello sofreu homicídio, provavelmente perpetrado por
três pessoas e, certamente, não menos que duas”.
Arquivamento
negado - Depois da entrega do referido documento, ao
Ministério Público da Comarca de Chapecó, o próprio Ministério Público
solicitou arquivamento do caso, ao juiz da 1ª Vara Criminal de Chapecó,
Jeferson Zanini, que negou o pedido, alegando: "Como esses laudos
periciais contêm apontamentos de ordem técnica, na área de medicina e da
física, eu não tenho condições de examinar para dizer qual deles é o
verdadeiro". O juiz Zanini complementou: "O procurador-geral vai
fazer uma análise do processo e vai decidir. Se realmente a investigação foi
concluída e todos os pontos foram esclarecidos como disseram os promotores, ele
vai manter esse arquivamento e o processo retorna a Chapecó apenas para ser
arquivado. Caso ele entenda que ainda necessita de diligências, como eu
apontei, ele vai determinar o retorno dos autos, para que essas diligências
sejam realizadas".
A manifestação desta quarta-feira, do Fórum em Defesa da Vida, por
Justiça e Democracia, será realizada em frente ao prédio da Polícia Federal, a
partir das 14 horas, com a participação, inclusive, das lideranças que foram
intimidas a depor, na Polícia Federal.
Encontro para divulgação do atestado do Dr. Daniel Muñoz.
Lideranças e comunidade acompanham o processo sobre a morte de Marcelino Chiarello.
Durante a entrega do atestado do Dr. Muñoz, no Fórum da Comarca de Chapecó.
Na saída da entrega do documento, no Fórum, a esperança de definição do caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário