Parabéns aos Estudantes de Jornalismo que conquistaram o prêmio do melhor roteiro de documentário de não ficção do Brasil com o tema: Acampamento Marcelino Chiarello: a terra que alimenta a resistência”. Esse documentário será encaminhado para cada escola para não deixar no esquecimento a luta do professor Marcelino Chiarello que recebeu essa bela homenagem do assentamento. Conheça essa linda história:
Horizontalizando espaços de luta
Roteiro pautado na luta do MST
conquista prêmio no Expocom Nacional 2017
Amanda Ferronato
Angélica Dezem
O papel do jornalismo tem extrema importância na sociedade,
visando retratar a realidade de forma crítica e fidedigna. Movidos por esse
princípio, alguns estudantes do sétimo período de jornalismo reconheceram no
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, um viés a ser aprofundado.
A semente que foi plantada em 2015 a
partir da visitação e vivência dos acampamentos e assentamentos da região
Oeste, floresceu na disciplina de
Telejornalismo III, do curso de Jornalismo, ministrada pela professora Ilka
Goldshimidt no segundo semestre de 2016, com o documentário audiovisual “Acampamento Marcelino Chiarello: A terra
que alimenta a resistência”.
O filme que debate a importância da
reforma agrária e da luta pela igualdade e por direitos através do MST, já
surgiu com a missão de ultrapassar as barreiras da universidade e tomar novos
rumos. Teve sua primeira exibição no dia 29 de maio deste ano, no Cinema
Arcoplex do Shopping Pátio Chapecó. Aberto à comunidade, esse momento também
foi de diálogo a respeito do filme, do tema e da relevância que tem o MST na
construção da sociedade, sendo o maior movimento social da América Latina.
A luta do movimento em Santa
Catarina teve seu berço no Oeste do estado e o documentário, além de resgatar
essa vivência, retrata a fase embrionária da ocupação, que é o primeiro passo
para a conquista da terra. Após o pré-lançamento no Cinema, a exibição retornou
ao local onde tudo começou. Contrastou-se entre a tela gigante no shopping, com
o lençol branco utilizado como fundo no acampamento. As poltronas acolchoadas,
com os troncos de árvore cuidadosamente pregados, o carpete no chão com a
essência e a origem deste filme: a terra.
Após oito meses da gravação do
documentário, as acadêmicas Amanda Ferronato, Angélica Dezem e Maria Joana
Giaretton retornaram ao Acampamento Marcelino Chiarello para a apresentação do
filme. Embora a lua iluminasse todo o acampamento, a energia para viabilizar a
exibição se fez através de um gerador. O acampamento inteiro se juntou para
assistir sua história narrada pelos personagens da luta. Eles mesmos. A
representação e o reconhecimento através das falas fluiu e se viu através da
construção audiovisual.
O documentário se transformou em um
registro feito por aqueles e aquelas que tem propriedade para falar de sua
luta. O feedback mais importante
surgiu através de falas tímidas, mas ainda assim carregadas de força, e que
intensificaram o motivo primeiro que moveu isso tudo: o reconhecimento do
jornalismo e de seu papel no meio em que se vive.
A conquista: Reconhecimento no meio acadêmico
Foram oito meses de diversos processos para
chegar ao estágio final. Gravamos, produzimos, editamos, modificamos, ajustamos
e como consequência, obtivemos êxito no retorno. O roteiro do documentário “Acampamento Marcelino Chiarello: a terra
que alimenta a resistência” foi premiado como melhor roteiro de não-ficção
no Expocom Sul 2017 e Expocom Nacional 2017 em um dos maiores congressos de
comunicação do país, a Intercom. Ao longo dessa caminhada, desde o primeiro contato
em nossa viagem precursora, vivenciamos um misto de sentimentos, que reforçam
diariamente a escolha em discutir e dar vida a esse tema.
Dar voz a essas pessoas e visibilidade a sua luta nos inspira a acreditar que é possível transformar o país a partir de ações coletivas e sociais. Resgata o brilho que muitas vezes esteve apagado, e que ao estar em contato com esse povo que faz da terra seu instrumento de luta, reacende a chama de esperança, justiça e igualdade. Registrar a história desse movimento é um ato de coragem, esperança e libertação. É acreditar na construção do poder popular através de homens e mulheres que não exitam em defender a terra e muitas vezes doam a sua vida por ela. E sobretudo é utilizar da comunicação como uma ferramenta de luta e de empoderamento social. Dessa forma, falar do MST e tê-lo como pauta acadêmica é, sobretudo, cumprir com o papel e com a essência de se fazer jornalismo.
Dar voz a essas pessoas e visibilidade a sua luta nos inspira a acreditar que é possível transformar o país a partir de ações coletivas e sociais. Resgata o brilho que muitas vezes esteve apagado, e que ao estar em contato com esse povo que faz da terra seu instrumento de luta, reacende a chama de esperança, justiça e igualdade. Registrar a história desse movimento é um ato de coragem, esperança e libertação. É acreditar na construção do poder popular através de homens e mulheres que não exitam em defender a terra e muitas vezes doam a sua vida por ela. E sobretudo é utilizar da comunicação como uma ferramenta de luta e de empoderamento social. Dessa forma, falar do MST e tê-lo como pauta acadêmica é, sobretudo, cumprir com o papel e com a essência de se fazer jornalismo.
Pátria Livre: VENCEREMOS!
FOTO:
INTERCOM SUL
Estudantes Amanda Ferronato,
Angélica Dezem, Maria Joana Giareton, Marina Schielke Folle e Darlei Lottermann
conquistam prêmio regional no Expocom Sul 2017.
INTERCOM
NACIONAL
Estudantes Maria Joana Weber, Marina
Folle, Amanda Ferronato e Angélica Dezem com os troféus de melhor roteiro de
não-ficção conquistados no Expocom Regional Sul e Expocom Nacional 2017.
CINEMA
Socialização do documentário
“Acampamento Marcelino Chiarello: A terra que alimenta a resistência”,
realizado no Cinema Arcoplex do Shopping Pátio Chapecó em maio deste ano.
E
NO ACAMPAMENTO
Exibição do documentário
“Acampamento Marcelino Chiarello: A terra que alimenta a resistência” no
próprio acampamento, que foi cenário e pauta do trabalho acadêmico de
estudantes do curso de Jornalismo da Unochapecó.
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