Moção
de repúdio pela violência contra os
trabalhadores
em educação no Rio de Janeiro
O
SINTE/SC, entidade que representa os trabalhadores em educação do Estado de
Santa Catarina, não pode se calar, diante das cenas lamentáveis de violência
contra os professores, na cidade do Rio de Janeiro. Por isso, vem, através
desta moção, repudiar todo ato violento cometido pela Polícia Militar, seguindo
ordens do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, que colocam em
risco a integridade física e emocional de profissionais, que são responsáveis
pela formação de crianças e jovens.
A
greve de professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, por
melhores condições de trabalho, completa, hoje, dois meses. A luta da categoria
é contra a aprovação do plano de carreira, que, para eles tem caráter
meritocrático e produtivista, pontos também rejeitados pelo SINTE, em nossas
negociações, um plano, aprovado a portas fechadas, pelas costas dos
trabalhadores, tal qual ocorreu em SC, quando nossa carreira foi destruída e
achatada pelo governo Colombo.
A
poucos dias da comemoração do Dia do Professor, presenciamos as mais
lastimáveis cenas, dentre as muitas que temos acompanhado, desde o início da
onda de manifestações populares, em todo o País, e a desmedida repressão
policial que sucedeu às mesmas. Diante disso, queremos manifestar total apoio e
solidariedade a uma greve legítima, em favor de melhorias nas condições precárias
de trabalho, às quais se encontram atualmente submetidos. Fica evidente que,
além das medidas de valorização da carreira, os indivíduos aí organizados
apresentam propostas pedagógicas e políticas, de extrema importância para a
sociedade, aliás, como sempre são pautados os movimentos grevistas dos
trabalhadores em educação, em todo o País, que não brigam apenas por salários,
mas por uma educação pública e de qualidade para todos.
Para
finalizar, reproduzimos trecho de um texto sobre o assunto, de autoria de Diego
Felipe, divulgado na internet, que demonstra o sentimento desta categoria tão
batalhadora, que está sempre na linha de frente, brigando por democracia,
direitos e liberdade:
“Por
isso, hoje, tenho claro, em mim, a luta dos professores não é por melhores
salários, e muito menos para derrubar um prefeito, por conta de questões
partidárias e regionais. Ela é uma luta para que possamos reencontrar a nossa
essência. Sem que isto seja feito, palavras como liberdade, democracia,
política, comunidade, outrora tão importantes, na compreensão de nosso lugar,
na efêmera existência, continuarão sendo só moedas sujas a circular pelas bocas
de assassinos profissionais, pagos com o nosso dinheiro para nos massacrar as
vidas. Essas palavras precisam ser reconduzidas ao seu poder originário, e os
professores, como heróis, tomam agora esta tarefa para si. É isto que eles
estão fazendo: educando, criando e resgatando aquilo que ainda conseguimos
reter de nós mesmos. Sem eles, deixaremos todos de ser humanos”.
SINTE/SC
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