terça-feira, 8 de outubro de 2013

Informe da Estadual do SINTE

Moção de repúdio pela violência contra os
trabalhadores em educação no Rio de Janeiro

O SINTE/SC, entidade que representa os trabalhadores em educação do Estado de Santa Catarina, não pode se calar, diante das cenas lamentáveis de violência contra os professores, na cidade do Rio de Janeiro. Por isso, vem, através desta moção, repudiar todo ato violento cometido pela Polícia Militar, seguindo ordens do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, que colocam em risco a integridade física e emocional de profissionais, que são responsáveis pela formação de crianças e jovens.
A greve de professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, por melhores condições de trabalho, completa, hoje, dois meses. A luta da categoria é contra a aprovação do plano de carreira, que, para eles tem caráter meritocrático e produtivista, pontos também rejeitados pelo SINTE, em nossas negociações, um plano, aprovado a portas fechadas, pelas costas dos trabalhadores, tal qual ocorreu em SC, quando nossa carreira foi destruída e achatada pelo governo Colombo.
A poucos dias da comemoração do Dia do Professor, presenciamos as mais lastimáveis cenas, dentre as muitas que temos acompanhado, desde o início da onda de manifestações populares, em todo o País, e a desmedida repressão policial que sucedeu às mesmas. Diante disso, queremos manifestar total apoio e solidariedade a uma greve legítima, em favor de melhorias nas condições precárias de trabalho, às quais se encontram atualmente submetidos. Fica evidente que, além das medidas de valorização da carreira, os indivíduos aí organizados apresentam propostas pedagógicas e políticas, de extrema importância para a sociedade, aliás, como sempre são pautados os movimentos grevistas dos trabalhadores em educação, em todo o País, que não brigam apenas por salários, mas por uma educação pública e de qualidade para todos.
Para finalizar, reproduzimos trecho de um texto sobre o assunto, de autoria de Diego Felipe, divulgado na internet, que demonstra o sentimento desta categoria tão batalhadora, que está sempre na linha de frente, brigando por democracia, direitos e liberdade:
“Por isso, hoje, tenho claro, em mim, a luta dos professores não é por melhores salários, e muito menos para derrubar um prefeito, por conta de questões partidárias e regionais. Ela é uma luta para que possamos reencontrar a nossa essência. Sem que isto seja feito, palavras como liberdade, democracia, política, comunidade, outrora tão importantes, na compreensão de nosso lugar, na efêmera existência, continuarão sendo só moedas sujas a circular pelas bocas de assassinos profissionais, pagos com o nosso dinheiro para nos massacrar as vidas. Essas palavras precisam ser reconduzidas ao seu poder originário, e os professores, como heróis, tomam agora esta tarefa para si. É isto que eles estão fazendo: educando, criando e resgatando aquilo que ainda conseguimos reter de nós mesmos. Sem eles, deixaremos todos de ser humanos”.

SINTE/SC

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