quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Morte de Marcelino Chiarello completa três anos neste mês

Parlamentares cobram posição do MP: "Há indícios de homicídio e também de suicídio”, diz subprocuradora
Por Petra Sabino

Subprocuradora solicita ajuda de outros especialistas para apresentar parecer

A deputada estadual Luciane Carminatti e o deputado federal Pedro Uczai estiveram em audiência, na tarde de terça-feira (18), em Florianópolis, com a subprocuradora geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Walkyria Ruicir Danielski, para tratar do caso da morte do professor e vereador de Chapecó Marcelino Chiarello, que completa três anos, no próximo dia 28.
Os parlamentares aguardam um posicionamento do Ministério Público do Estado, que assumiu o caso, após a Promotoria de Chapecó solicitar o arquivamento do processo, ainda em 2013. Nos autos, constam laudos divergentes, entre eles, os apresentados pela Polícia Federal e também pelo Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da família de Chiarello.
Laudos diferentes
As inúmeras divergências encontradas entre os laudos, nos oito volumes do processo, são a causa da demora para conclusão do parecer do MP, justifica a subprocuradora. "Há indícios de homicídio e também de suicídio advertidos pelos laudos que precisaram ser analisados criteriosamente do ponto de vista técnico e sob os aspectos jurídicos. Ainda estamos estudando o caso, inclusive solicitamos ajuda de outros especialistas, e após o recesso de fim de ano devemos apresentar o parecer", explica Walkyria. "Há indícios de homicídio e também de suicídio advertidos pelos laudos que precisaram ser analisados criteriosamente (...)" - alega a subprocuradora geral de Justiça do MPSC, Walkyria Danielski.
O deputado Pedro Uczai lembrou a história do vereador Marcelino, no combate à corrupção, e também do líder comunitário que trabalhava em defesa de importantes projetos para o município. "Na época, não houve diálogo entre o laudo da PF e o apresentado pela equipe da USP. Esperamos que o Ministério Público esclareça, pois quem conheceu o professor Marcelino sabe que ele era defensor da vida", enfatiza.
Segundo Luciane, há muitas contradições no processo, com condições nebulosas de investigação desde o acontecimento. "Neste dia 28 de novembro, completa três anos da morte do nosso companheiro Marcelino, sem nenhuma conclusão aceitável. Queremos que a verdade e a justiça apareçam", defende a deputada.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
 

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