Com o tema “Resistir aos ataques à democracia, à educação e aos direitos de cidadania” aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de agosto, em Brasília, o II Encontro Nacional da Juventude, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE). O SINTE/SC esteve presente no evento, com quatro representantes.
Durante os três dias, educadores de todo o País discutiram diversos assuntos, como o financiamento da educação e da carreira, a democracia e o currículo escolar e as contribuições da educação popular, da arte e cultura no avanço da educação pública e ainda debater a atual conjuntura política do país, que ameaça direitos dos trabalhadores.
Além da luta unificada por direitos na educação, outro ponto importante do Seminário da Juventude foi a discutição de novas formas de melhorar o aprendizado na rede pública de ensino. Com a utilização de ferramentas como como música, arte, teatro e cinema na grade curricular dos alunos.
“Esse encontro foi aberto em um dia muito oportuno já que hoje 12 de agosto é comemorado o dia internacional da juventude. E o que queremos é envolver o jovem nas pautas sindicais e que desse encontro os sindicatos assumam o compromisso de organizar os coletivos em seus estados e que esses possam promover espaços de debate político e militância sindical”, esclarece Carlos Guimarães, coordenador do coletivo de juventude da CNTE.
Coletivo
O Coletivo da Juventude da CNTE existe há 5 anos e se reúne periodicamente para tratar de temas de interesse dos jovens educadores e propor propostas específicas para o setor.
O segundo dia do II Encontro Nacional da Juventude da CNTE, foi aberto com uma roda de conversa sobre a “Construção do Conhecimento” e novas formas de melhorar o aprendizado na rede pública de ensino. Os jovens educadores puderam discutir sobre o uso da música, de imagens, do cinema, do circo, do teatro e da internet na educação pública como ferramentas na aprendizagem.
O professor e artista plástico Aloizio Pedersen, falou da importância de trabalhar acontecimentos passados, como a ditadura, de forma dinâmica com os alunos. “Eles sentem a história, participam e conseguem entender o que aconteceu naquele período. A arte é extremamente necessária, a arte humaniza e combate a violência”.
De acordo com a mestranda em artes da Unicamp, Cristiane Taguchi, a grande função da arte é a denúncia. “Quando você escolhe o tipo de linguagem você já está escolhendo a recepção do seu público. O teatro a arte e a cultura têm em si a essência de pensar possibilidades de imaginar o que poderia ser diferente do que é. É necessário entender que a experiência artística é transformadora,” ressaltou Taguchi.
Na parte da tarde, os participantes puderam debater sobre “As contribuições da educação popular da arte e cultura no avanço da educação pública”.
“Depois de 30 anos na educação é fantástico descobrir a perda da relação de poder ocidental e começo a trabalhar algo mais circular, horizontal. Hoje eu digo que eu sou um fazedor de sonhos, eu não sou o que faz na verdade, mas o que facilita que o sonho aconteça”, ressaltou o facilitador artístico, do Rio de Janeiro, Reinaldo Santana.
O último dia do II Encontro Nacional da Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), foi encerrado com a leitura do “Manifesto da Juventude da CNTE”.
Carlos Guimarães, coordenador do coletivo de juventude da CNTE ressaltou que o documento faz uma leitura crítica sobre a política atual e ressalta as principais preocupações em relação ao atual governo, à defesa da democracia e da educação pública.
Ainda durante a reunião, os representantes de diversos locais do país puderam trocar experiências e destacar as maiores dificuldades enfrentadas nos seus estados.
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