Governo define
proposta parcelada
de reajuste e SINTE não concorda
de reajuste e SINTE não concorda
Uma
reunião entre SINTE e SED, que tratou
sobre o reajuste de salários do magistério, aconteceu na tarde de ontem (29/01).
Representando o SINTE-SC, estavam presentes, Luiz Carlos Vieira, Cassiano A.
Marafon, Marcelo Speck da Rosa e Marcos A. Sodré. Representando a SED, participaram,
além do Secretário Eduardo Deschamps, Décio Vargas, do CONER, e mais 2 técnicos
da SED.
O
secretário iniciou apresentando a proposta do governo, que basicamente consiste
em aplicar 8,5% de forma linear sobre os vencimentos dos trabalhadores que
possuem vencimento acima do Piso Nacional, que agora está em R$ 1.697,37, pois
recebeu reajuste de 8,32%. Para o SINTE,
na prática, não ocorrerá uma descompactação, porque a diferença entre o
reajuste do Piso Nacional (8,32%) e da proposta para os demais (8,5%) será
apenas de 0,18%. O Secretário trouxe quatro propostas de parcelamento:
Proposta
1 – 8,5% em outubro;
Proposta
2 – 4,25% junho, 4,24% dezembro;
Proposta
3 – 2,5% março, 2,5% agosto, 3,5% dezembro;
Proposta
4 – 2,0% janeiro, 2,0% agosto, 4,5% dezembro.
Entretanto,
segundo nota divulgada na página da SED o Secretário JÁ DECIDIU pela proposta
4, veja o trecho:
“Para
os professores que já recebiam acima do piso 2013 (R$ 1.567,00), a proposta do
governo do Estado aponta um reajuste de 8,5% de forma parcelada ao longo de
2014 (descontado o que for concedido automaticamente em janeiro). A proposta
foi avaliada pela equipe técnica do governo e apresentada ao Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) nesta quarta. Após a
reunião, FOI DEFINIDO o parcelamento do reajuste da seguinte forma: 2% em
janeiro, 2% em julho e 4,5% em dezembro”.
O
Coordenador Estadual do SINTE-SC, professor Luiz Carlos Vieira, afirmou que os
representantes do Sindicato argumentaram que não concordam com o percentual
apontado pelo MEC, que foi subvalorizado PELA PRESSÃO DOS PREFEITOS E
GOVERNADORES, nem TAMPOUCO com as propostas de parcelamento - não existe acordo
com nenhuma. ”Reconhecemos que o mês do
reajuste do Piso PARA A CATEGORIA é janeiro, e que o percentual deve ser
aplicado de forma integral nos vencimentos de todos os trabalhadores”, declarou
Vieira.
Nessas
propostas, o governo não discute a descompactação da tabela para 2014, a
retroatividade, e não reconhece os percentuais do reajuste da lei do piso dos
anos anteriores, não repassados à categoria, pois mantém seu entendimento de
que os percentuais da lei do piso contemplam apenas aqueles que estão em início
de carreira, e têm seus vencimentos menores que o Piso.
Mais
uma vez, o secretário alegou a falta de recursos, e que o FUNDEB não tem
suporte para aguentar esse impacto. Além disso,
não é possível fazer a
descompactação, mantendo a mesma lógica da carreira anterior. Segundo o
secretário, essa proposta, como projeto de lei, estará sendo enviada para a
ALESC, no início de fevereiro, para que o governo possa ter a autorização para
executá-la.
Os
representantes do SINTE-SC afirmaram que a categoria deverá se posicionar,
diante da proposta, e que estarão mobilizados para discutirem a mesma. O
calendário inícia no dia 04/02 –reunião da executiva; 14 e 15/02 – reunião do
conselho deliberativo, e, em seguida, assembléias regionais e assembléia
estadual.
Reunião aconteceu ontem, na SED. (Foto: Beatriz dos Santos Menezes) |