Piso
Nacional: A valorização do magistério só virá com luta
A
exemplo do ano passado, mais uma vez, o Piso Nacional do Magistério foi
rebaixado. A previsão era de que o reajuste atingisse até 19%. Entretanto, o
percentual anunciado é de apenas 8,32%, elevando o valor básico do piso de
R$1567,00 para R$ 1.697,39, por uma jornada de 40 horas.
O
MEC, mais uma vez, cedeu a pressão dos governadores e prefeitos, e não honrou o
índice de reajuste a ser aplicado no Piso, para 2014. Ao maquiar o percentual,
fazendo com que o reajuste ficasse bem abaixo do esperado, o governo federal
deixa claro que a valorização dos profissionais da educação, mais uma vez, foi
ignorada.
Não
esqueçamos que foram aprovados 10% do PIB e os royalties do Pré Sal para a
educação, e, mesmo que estes valores sejam aplicados a curto, médio e longo
prazo, configuram-se em um aporte considerável de recursos, que sequer são
mencionados pelos entes federados, nas projeções de melhoria salarial para a
categoria. Ao contrário, o que temos visto é a busca incessante do desmonte da
Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), por parte dos governadores e
prefeitos, na figura de seus Secretários de Educação, como é o caso de Santa
Catarina. Vale lembrar que a luta pela aprovação da Lei do Piso levou mais de
vinte anos, e, como podemos ver, a batalha ainda não está ganha.
Aqui,
como na maioria dos estados e municípios do país, o reajuste é pago apenas aos
que recebem abaixo do valor do piso, ou seja, apenas os trabalhadores em início
de carreira recebem o aumento. Desta forma, a tabela salarial fica mais e mais
compactada, aproximando os/as profissionais com mais de dez anos de carreira,
com pós-graduação, mestrado e até doutorado, dos profissionais iniciantes.
Até
o momento, não ocorreu a valorização qualitativa dos vencimentos dos
profissionais de carreira de Santa Catarina, tão falada pelo governador
Raimundo Colombo. O Sindicato tem posição, e já iniciou as negociações com o governo
do Estado, e tem reunião marcada com o secretário da Educação Eduardo Deschamps,
na próxima quarta-feira, dia 29/01.
A
pauta defendida pelo SINTE/SC é o reajuste de salário, com descompactação da
tabela, a ser aplicado para toda a categoria, em 2014, uma questão que vem
sendo empurrada com a barriga pelo governo, desde 2011. Segundo o Coordenador
Estadual Luiz Carlos Vieira, o SINTE quer saber de quanto será este reajuste,
para quem será pago e quando deverá ser implantado na folha do magistério catarinense.
Vieira
afirma que a categoria já está mobilizada, com calendários de lutas estaduais,
tirados do X Congresso do SINTE e nacionais, definidos no 32ºCongresso da CNTE,
e que não vai abrir mão dos seus direitos, principalmente, com relação ao
pagamento do Piso na carreira e a sua descompactação.
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