Encerrado
o 32º Congresso da CNTE
Neste
domingo, encerrou, em Brasília, o 32º Congresso da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE). Junto com as lideranças do SINTE Estadual e
representantes de todas as Regionais do SINTE no Estado, participaram do
Congresso, a Coordenadora Regional Zigue Timm e o Conselheiro Zeno Wermuth, da
Regional de Chapecó.
Com
83,7% dos votos, a Chapa 10, "Educar para Transformar" formada pela
Articulação Sindical, CTB, CSD, AE, MS e OT venceu as eleições para a nova
gestão 2014-2017 da CNTE.
Hoje,
último dia do importante evento, teve a seguinte agenda:
9
às 10 horas – Intervenções Internacionais e prestação de contas da campanha
solidariedade Haiti
10
às 13h30 – 2ª Plenária Deliberativa (Política Educacional, Balanço, Políticas
Permanentes, Plano de Lutas e moções)
13h30
– Posse e encerramento
14
horas – Almoço
Coletivos
e reuniões ampliam debate sindical
Ontem,
sábado (18/1), em Brasília, o terceiro dia do 32º Congresso da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) começou com a Reunião dos
Departamentos e Coletivos da entidade. Divididos em grupos, os educadores
tiveram a oportunidade de participar de dez temas de debate.
Coletivo
de Mulheres:
As
participantes discutiram conquistas e desafios na luta pelos direitos da
mulher. Destacaram a evolução da política de enfrentamento à violência contra a
mulher, como o aumento de denúncias após a criação da Lei Maria da Penha.
Apontaram também a importância de participar mais de grupos de discussão na
comunidade para influenciar de forma mais efetiva a igualdade de gênero em sala
de aula.
Coletivo
de Juventude:
As
manifestações de junho e seus efeitos sobre a juventude sindical dominaram a
discussão do coletivo que entendeu que é preciso estimular o jovem a cada vez
mais se politizar e ter autonomia intelectual, na construção de uma linha
política para o movimento. “O fato de ir às ruas já revela a propensão do jovem
de querer participar dos espaços de decisão para fazer valer um estado com seus
direitos reconhecidos”, explicou Carlos Guimarães, da coordenação do coletivo.
Coletivo
da Saúde:
Condições
precárias de saúde em sala de aula e o excesso de limitações às licenças
médicas esquentaram o debate. Para os participantes, a principal causa de
problemas de saúde dos educadores não é a atividade que desenvolvem, mas sim a
carga excessiva de pressão que recebem de inspetores e secretários, por
exemplo.
Coletivo
de Assuntos Municipais:
Os
trabalhadores compartilharam o contexto político e a situação educacional de
suas cidades. Perceberam que muitos dos problemas enfrentados em diferentes
regiões do país são os mesmos. Criticaram prefeitos que oferecem abono no fim
do ano aos educadores ao invés de aplicar reajuste nos salários. Defenderam a
importância de se investir na formação sindical e o controle social dos
recursos para a educação.
Coletivo
LGBT:
Participantes
do Coletivo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) comemoraram uma
maior inserção do tema Diversidade Sexual na agenda de discussão dos
trabalhadores. “Educação sem homofobia” é o tema do sétimo volume da Revista
Semestral da Escola de Formação da CNTE (Esforce). Além disso, pela primeira
vez, o assunto será destaque na Conae 2014.
Departamento
de Funcionários de Escola (Defe):
Foi
feito um balanço dos últimos três anos e colocada a necessidade de fortalecer o
coletivo. A discussão girou em torno da mudança do departamento que será
transformado em secretaria. “Temos a função de manter o coletivo”, disse
Edmilson Lamparina, coordenador nacional do Defe. Ficou decidido, ainda, que
haverá um documento, “ressaltando a importância de se criar a secretaria,
depois de 18 anos e do amadurecimento”, explicou.
Coletivo
de Aposentados:
Os
participantes lembraram as conquistas alcançadas e levantaram também os
desafios enfrentados pelos sindicatos em todo o país. Pontos como a formação
dos aposentados, a participação deles na luta por direitos e o piso salarial
foram abordados. Representantes de algumas entidades ressaltaram a importância
dos aposentados no quadro dos sindicatos e de reuniões de formação política.
Departamento
de Especialistas de Escola (Despe):
Qual
o real papel do pedagogo? Essa foi a discussão que norteou a reunião do
coletivo do Despe. Segundo Maria Madalena Alexandre Alcântara, coordenadora do
Despe, levantou-se a necessidade de uma mudança de nomenclatura, alterando o
nome do coletivo “que poderia ser uma OTP – Organização de Trabalho
Pedagógico”, disse.
Coletivo
de Formação:
Democratizar
o acesso à informação. Esse foi um dos pontos levantados durante a reunião do
coletivo. Além do desafio de elaborar diferentes materiais com temas atuais,
foi discutida a possibilidade do uso de novos meios e métodos de disseminação
de conteúdo como, por exemplo, a educação à distância. A formação de jovens e o
papel dos sindicatos na continuidade desse processo também foram temas
levantados.
Coletivo
Antirracismo:
Durante o encontro, os representantes das entidades sindicais lembraram
as dificuldades de aplicação da Lei 10.639/03, que inclui no currículo das
escolas de todo o país a obrigatoriedade do tema “História e Cultura
Afro-Brasileira”. Os participantes citaram a violência contra os jovens e a
necessidade de combater o racismo dentro da sala de aula.
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