sábado, 18 de janeiro de 2014

32º Congresso Nacional da CNTE continua

Painel sindical defende mais união entre as entidades

O risco de fragmentação dos movimentos sindicais, e o consequente enfraquecimento da luta pelos direitos dos trabalhadores, as manifestações de rua em 2013 e o baixo investimento em educação pública foram assuntos de destaque no painel sindical realizado nesta sexta-feira, em Brasília, durante o 32º Congresso Nacional da CNTE.
A conquista de mais direitos para a classe trabalhadora vem se esbarrando, cada vez mais, em divergências internas entre as próprias entidades sindicais. O secretário de Relacões internacionais da CUT, João Felício, alertou para o risco de fragmentação política dessas organizações. “A disputa não pode ser entre a gente. Se não, seremos derrotados, e usados como instrumentos da direita”. A construção de pautas unitárias e a realização de ações conjuntas é uma das soluções apontadas pelos integrantes da mesa.
Enquanto o Brasil investe apenas 950 dólares por ano para cada aluno matriculado na rede pública, Cuba chega a pagar cerca de 3.300 dólares por pessoa, no mesmo período. As informações trazidas pelo presidente do PSTU, José Maria de Almeida, causaram indignação na plateia. “O Brasil é a sétima economia do mundo, mas os governantes não sabem priorizar os investimentos”, disse. Para ele, o problema da educação no Brasil não é a falta de recursos e sim o fato de o governo escolher gastar menos com o que é mais importante.
Problemas como esse levaram milhares de brasileiros às ruas no ano passado, como lembrou a secretária de Políticas Públicas da CUT, Rosane Silva. “As manifestações de 2013 foram além da pauta trabalhista: os jovens reivindicaram melhorias na saúde, mobilidade urbana e moradia”. Para ela, os oito anos de mandato de Lula tiveram papel fundamental para o reconhecimento dos movimentos sociais. “Ele abriu espaço para o diálogo permanente, aumentando nossa capacidade de luta”, opinou.
O presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, concorda. “Acho que o Brasil avançou na defesa dos direitos dos Trabalhadores e nas políticas social e externa”. Mas Altamiro lamentou a falta de mobilização em torno da democratização dos meios de comunicação no Brasil. “A direita brasileira é muito forte”. Para ele, quando o assunto é mídia, “o Brasil é a vanguarda do atraso”, criticou.
Secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício.
Trabalhadores em educação de todo o País participam do Congresso.

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