CNTE
convoca greve nacional
A
CNTE convoca mobilização nacional para os dias 17, 18 e 19 de março.
Trabalhadores em educação vão parar o Brasil para exigir o cumprimento da lei
do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização
da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10%
do PIB para a educação pública e contra a proposta dos governadores e o INPC.
A
mobilização foi anunciada pelo presidente da CNTE após, ao arrepio da Lei, o
Ministério da Educação orientar a atualização do piso em 8,32%, com a
publicação, no dia 18/12 do ano passado, por meio da Portaria Interministerial
nº 16 (DOU, pág. 24), da nova estimativa de custo aluno do Fundeb para 2013, a
qual serve de referência para a correção do piso salarial do magistério em
2014.
O
critério utilizado pelo MEC para atualizar o piso, em 2014, compara a previsão
de custo aluno anunciada em dezembro de 2012 (R$ 1.867,15) com a de dezembro de
2013 (R$ 2.022,51), sendo que o percentual de crescimento entre os valores foi
de 8,32%, passando o piso à quantia de R$ 1.697,37. Até então, a previsão de
atualização era de 19%.
Assim
como no ano passado, a CNTE questionou o percentual de correção do piso para
2014, uma vez que dados já consolidados do Fundeb, até novembro de 2013,
apontavamm crescimento do valor mínimo de aproximadamente 15%. E isso levou a
crer que o MEC agiu na ilegalidade, a fim de contemplar reivindicações de
governadores e prefeitos que dizem não ter condições de honrar o reajuste definido
na Lei do Piso, mas que, em momento algum, provam a propalada incapacidade
financeira.
Se,
em 2013, o calote no reajuste do piso foi de cerca de 8%, este ano ele ficará
em torno de 7%, totalizando 15%, fora as contradições interpretativas do
acórdão do STF sobre o julgamento da ADIn 4.167, que excluiu o ano de 2009 das
atualizações e fixou percentual abaixo do previsto em 2010, conforme denunciado
à época pela CNTE.
Diante
da nova “maquiagem” que limitará o crescimento do piso, inclusive à luz do que
vislumbra a meta 17 do PNE, a CNTE antecipou sua decisão de organizar grande
mobilização nacional da categoria no início do ano letivo, orientando suas
entidades filiadas a ingressarem na justiça local contra os governadores e
prefeitos que mantêm a aplicação dos percentuais defasados para o piso do
magistério, como forma de contrapor os desmandos dos gestores públicos que têm
feito caixa com os recursos destinados à valorização dos profissionais das
escolas públicas.
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