quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Informe da Estadual do SINTE

Falta de Professores e precariedades nas escolas continuam prejudicando início do ano letivo na rede estadual de SC

Pelas informações que tivemos de nossas Regionais, estimamos que o número de professores que faltam para atender a demanda das escolas, no Estado, pode chegar a dados alarmantes, acarretando transtornos, não só para o bom funcionamento das unidades escolares, mas, também, preocupação aos pais, cujos filhos retornam das escolas mais cedo, ou permanecem em seus pátios, até o término das aulas.
Para nós, que sempre defendemos uma educação pública de qualidade para todos, isto é inaceitável, especialmente, para um governo que afirma diariamente sua preocupação com a educação. Mesmo após a segunda chamada dos ACTs, não há professores suficientes.
Não bastasse isso, as escolas continuam com os antigos problemas, em sua infraestrutura. Mesmo as novas, ou que foram construídas recentemente, já apresentam situação de risco, como foi o caso da EEB Bela Vista, em São José, reformada recentemente, e que, devido a um curto circuito, sofreu um incêndio, de acordo com alguns professores, “foi uma fatalidade”. No entanto, lembramos que fatalidades acontecem, sim, mas este não é o caso. Para nós, o que ocorreu foi uma reforma mal feita, com falta de fiscalização, por parte dos órgãos responsáveis (SED e Corpo de Bombeiros), problema recorrente na rede pública.
Podemos citar os exemplos das Escolas Venceslau Bueno, em Palhoça, que teve uma reforma mal feita, e já sofre com problemas estruturais, a EEB Julio da Costa Neves, em Florianópolis, escola nova e já com rachaduras e falta de material e equipamentos. A EEB Laura Lima está com a reforma completamente parada.
Também, precisamos mencionar um caso de Joinville. A EEB João Martins Veras, onde, há meses, os professores reivindicam melhores condições de trabalho. A quadra de esportes está interditada, desde o ano passado. A rede elétrica não suporta o uso de todos os aparelhos da escola.
Então, foi marcada uma assembleia, com a presença de várias entidades: APP da escola, Grêmio estudantil, SINTE, Centro de Direitos Humanos, Associação de moradores do Anita Garibaldi e MPL. Dezenas de pais e mães acompanharam seus filhos, e muitos professores também marcaram presença, debatendo o assunto, num terrível calor.
Ficou claro que não basta um prédio escolar, e os alunos e professores se adaptarem às condições precárias, como indica a gerente de Educação. A comunidade exige qualidade de ensino e qualidade de trabalho, e não aceita mais a omissão do governo, que desatende a educação, negligencia a saúde dos alunos e profissionais da rede estadual, obrigando-os a lecionarem em uma sala de aula insalubre, sem ventilação, pisos descolados, sem energia elétrica e correndo o risco de um curto circuito. Além desta, várias escolas de Joinville têm problemas estruturais, e, desde o ano passado, muitas foram interditadas.
Assista a entrevista com a Secretária de Imprensa e Divulgação do SINTE/SC, Claudete Mittmann, sobre o assunto:

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