Falta
de Professores e precariedades nas escolas continuam prejudicando
início do ano letivo na rede estadual de SC
Pelas
informações que tivemos de nossas Regionais, estimamos que o número
de professores que faltam para atender a demanda das escolas, no
Estado, pode chegar a dados alarmantes, acarretando transtornos, não
só para o bom funcionamento das unidades escolares, mas, também,
preocupação aos pais, cujos filhos retornam das escolas mais cedo,
ou permanecem em seus pátios, até o término das aulas.
Para
nós, que sempre defendemos uma educação pública de qualidade para
todos, isto é inaceitável, especialmente, para um governo que
afirma diariamente sua preocupação com a educação. Mesmo após a
segunda chamada dos ACTs, não há professores suficientes.
Não
bastasse isso, as escolas continuam com os antigos problemas, em sua
infraestrutura. Mesmo as novas, ou que foram construídas
recentemente, já apresentam situação de risco, como foi o caso da
EEB Bela Vista, em São José, reformada recentemente, e que, devido
a um curto circuito, sofreu um incêndio, de acordo com alguns
professores, “foi uma fatalidade”. No entanto, lembramos que
fatalidades acontecem, sim, mas este não é o caso. Para nós, o que
ocorreu foi uma reforma mal feita, com falta de fiscalização, por
parte dos órgãos responsáveis (SED e Corpo de Bombeiros), problema
recorrente na rede pública.
Podemos
citar os exemplos das Escolas Venceslau Bueno, em Palhoça, que teve
uma reforma mal feita, e já sofre com problemas estruturais, a EEB
Julio da Costa Neves, em Florianópolis, escola nova e já com
rachaduras e falta de material e equipamentos. A EEB Laura Lima está
com a reforma completamente parada.
Também,
precisamos mencionar um caso de Joinville. A EEB João Martins Veras,
onde, há meses, os professores reivindicam melhores condições de
trabalho. A quadra de esportes está interditada, desde o ano
passado. A rede elétrica não suporta o uso de todos os aparelhos da
escola.
Então,
foi marcada uma assembleia, com a presença de várias entidades: APP
da escola, Grêmio estudantil, SINTE, Centro de Direitos Humanos,
Associação de moradores do Anita Garibaldi e MPL. Dezenas de pais e
mães acompanharam seus filhos, e muitos professores também marcaram
presença, debatendo o assunto, num terrível calor.
Ficou
claro que não basta um prédio escolar, e os alunos e professores se
adaptarem às condições precárias, como indica a gerente de
Educação. A comunidade exige qualidade de ensino e qualidade de
trabalho, e não aceita mais a omissão do governo, que desatende a
educação, negligencia a saúde dos alunos e profissionais da rede
estadual, obrigando-os a lecionarem em uma sala de aula insalubre,
sem ventilação, pisos descolados, sem energia elétrica e correndo
o risco de um curto circuito. Além desta, várias escolas de
Joinville têm problemas estruturais, e, desde o ano passado, muitas
foram interditadas.
Assista
a entrevista com a Secretária de Imprensa e Divulgação do
SINTE/SC, Claudete Mittmann, sobre o assunto:
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