Comemorado no dia 17 de maio, o Dia Internacional contra a Homofobia marca a exclusão da homossexualidade da classificação de doenças, ou problemas relacionados à saúde, feita pela Organização Mundial da Saúde.
“Temos muito a comemorar nesta data, pois já tivemos muitas vitórias, como a criação, em 1997, da Secretaria de Direitos Humanos, da Presidência da República, que tinha status de ministério e que em 2005 passou a chamar-se Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Além do decreto, assinado pela presidenta Dilma Rousseff, no último dia 29 de abril, que assegura o uso do nome social em repartições públicas federais. Entretanto, ainda precisamos avançar na tipificação da violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais como crime”, disse o Secretário de Direitos Humanos da CNTE, Zezinho Prado.
Estipulada em 1990, a data é lembrada em todo mundo com marchas e eventos populares, que celebram as conquistas de pessoas LGBT. Apesar do reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual, essas pessoas ainda sofrem cotidianamente as consequências da homofobia.
“Mesmo com o estabelecimento da data, nós ainda temos presente na nossa sociedade contemporânea muito discurso de ódio e de intolerância. Tanto pela escola, pelos meios de comunicação, lideranças religiosas, quanto pela própria cultura, que ainda reforçam o estigma e o preconceito. O que ressulta em um alto índice de violência contra a comunidade LGBT, no Brasil e no mundo”, afirma o presidente da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT), Andrey Lemos.
A homofobia, que significa antipatia, desprezo, preconceito e medo irracional de pessoas LGBT, se manifesta de diversas maneiras e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física contra essas pessoas.
O dia 17 de maio também tem a característica de reforçar as reivindicações em defesa dos direitos da comunidade LGBT. E nesse sentido, a CNTE tem feito diversas ações, como a produção de um Jornal Mural e um cartaz, que têm como objetivo levar o tema para ser debatido dentro do ambiente escolar. Os materiais foram distribuídos nas escolas públicas de todo o país.
“Um dos primeiros grandes avanços que a CNTE teve foi criar a Secretaria de Direitos Humanos, que passou a atuar fortemente em diversos setores da sociedade. A partir disso, a Confederação criou o Coletivo LGBT, que se reúne pelo menos duas vezes ao ano, para debater e propor ações em defesa de direitos da comunidade LGBT e nesse sentido esperamos progredir ainda mais”, ressaltou Zezinho Prado.
Leia o Jornal Mural da CNTE na íntegra:
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