sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Informe da Estadual do SINTE


Confrontos na ALESC – A verdade que não querem mostrar

Sobre o lamentável episódio, visto na última terça-feira (08/12), quando servidores públicos foram tratados como bandidos por policiais militares e os seguranças da Assembleia Legislativa, o que lemos na imprensa comercial de SC é uma cobertura por vezes tendenciosa e maldosa sobre os trabalhadores/as do serviço público. Colunistas do Diário Catarinense trazem em seus editoriais a marca de que o monopólio midiático do Estado está diretamente ligado ao governo, pois se trata de seu grande anunciante. Nelas, lemos que trabalhadores/as “radicais” estavam “armados” com spray de pimenta e máscaras de gás, com o objetivo de tumultuar a sessão. Ao contrário desta afirmação, as imagens mostram os servidores sendo atacados, inclusive, numa foto tirada por um fotógrafo do mesmo veículo, que mostra o exato momento em que uma professora é alvejada com spray no rosto por um segurança da Casa. No entanto, esta foto não apareceu nas páginas do noticioso.
Na capa do DC de 09/12, outra foto mostra com clareza quem estava atacando quem, além de fotos, todos os jornalistas que trabalham nas entidades sindicais têm imagens dos ataques, sem mencionar as câmeras da própria ALESC que, com certeza, registraram os fatos. Então, por favor, não coloquem informações falsas e inverdades, em seus noticiosos, respeitem os servidores.
Quanto às máscaras de gás, o ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria”. Então, as pessoas foram orientadas a se prevenir, pois sabíamos que seríamos reprimido/as. O ataque aos servidores não é novidade, para nós, pois, em 2011, professores/as foram agredidos/as da mesma forma, por lutarem contra a aprovação de um Plano para destruir sua Carreira, que agora volta à pauta, de forma ainda mais destruidora. Nossa preocupação era prevenir e evitar o que aconteceu no Paraná, e em São Paulo, onde a repressão planejada e executada pelo Estado deixou muita gente ferida. Será que nem mesmo zelar pela própria proteção do aparato militar, digno de filme hollywoodiano, o trabalhador tem direito?
Ora, caros jornalistas, os parlamentares, a mando do governo Colombo, tem nas mãos, projetos que atacam diretamente os direitos dos servidores deste Estado. Como podemos nos calar, diante disso? Como não ir para o enfrentamento, se todas as possibilidades de diálogo foram esgotadas, e a única coisa que nos resta é partir para o enfrentamento? Os trabalhadores não foram ouvidos, e agora o governo envia uma bomba, em forma de pacote, no apagar das luzes da Assembleia, para “tratorar” os direitos dos servidores. Como se não bastasse, a mídia se coloca contra a luta mais do que justa dos/as trabalhadores/as.
Vale lembrar que, no caso do Plano de Carreira do Magistério, foram 72 dias de greve, em 2015, praticamente o ano todo de reuniões e mesas de negociações, para que tivéssemos uma Carreira justa e digna. Mas o que aconteceu, como reconheceu um dos colunistas, foi que o governo ignorou o acordo e a proposta discutida, e envia projeto que esfacela, ainda mais, a Carreira do Magistério Catarinense. Então, o que nos resta fazer? Ir para o enfrentamento. Essa é a arma que temos, diante da força e do maquiavelismo da máquina pública, que coloca todo seu poderio de barganha junto aos deputados, para sepultar de vez nossa Carreira.
Caros colunistas, vamos continuar no embate, na linha de frente do enfrentamento contra o governo, que trata os/as servidores/as públicos/as, de forma vil e truculenta. Vamos, sim, usar máscaras, e não vamos nos calar! Querem nos difamar, querem nos atacar, provem! Queremos as imagens! Se não as tem, como diria Confúcio, “o silêncio é um amigo que nunca traí”.
(Foto: Guto Kuerten/DC)

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