Audiência
SINTE/SC e Secretário de Educação 03/04
A Executiva Estadual do SINTE/SC esteve, na tarde de
hoje, 03/04, reunida com o secretário de Estado da Educação,
Eduardo Deschamps, para tratar dos quatro pontos de pauta da
categoria, aprovados na última Assembleia Estadual: Reajuste do Piso
na Carreira, em parcela única e retroativo a janeiro; descompactação
da tabela salarial; revogação do Decreto das Progressões; e
revisão da Lei dos ACTs.
Segundo documento entregue pelo Secretário, existe
comprometimento de 93,53% dos recursos do FUNDEB, para a folha de
pagamento do magistério, excluídos os inativos, para o ano de 2014.
Deschamps afirmou que, diante deste quadro, o governo não pode
efetuar o reajuste em parcela única, sob pena de comprometer o
orçamento do Estado.
O secretário disse, também, que, dentro desta
realidade, a verba para investimentos em infraestrutura e manutenção
das escolas passaram, de R$ 400 milhões, para R$ 130 milhões, já
que os recursos do FUNDEB reduziram, em função da diminuição do
número de alunos matriculados na rede estadual, que migraram para o
município, pela política de municipalização, implementada pelo
Estado. A tentativa foi para justificar a falta de compromisso do
governo em pagar o reajuste, em parcela única, dando continuidade à
política de desvalorização dos profissionais da educação.
Deschamps declarou que a única possibilidade de atender os pontos de
pauta do SINTE é negociá-los em pacote único, e que só será
possível implementá-lo, após o período eleitoral. Ao ser
questionado a respeito do Decreto das Progressões, que pune
duplamente o trabalhador, ao impedir sua progressão, por conta das
faltas, na maioria, em função das mobilizações e paralisações,
estratégia usada pelo Estado, como forma de coação, para impedir
sua participação nos movimentos, Deschamps disse claramente que
esta é uma interpretação do SINTE, e que o acordo firmado na greve
de 2011, não estabelecia a revogação do decreto, e, sim, a sua
revisão, dando a entender que o governo pretende manter este
instrumento de punição.
O que foi apresentado pelo secretário não trouxe nada
de novo. Mais uma vez, propôs que se continue com o processo de
negociação, através de grupos de trabalho, composto por
integrantes do SINTE e governo, para discutir ponto a ponto as
diretrizes da carreira. Entretanto, em deliberações anteriores, o
SINTE já havia decidido que só participaria de negociações, a
partir do momento em que o governo apresentasse proposta consistente.
A partir desta realidade, a Executiva Estadual do SINTE
avaliou e encaminhou que:
- Na falta de uma proposição consistente, o SINTE quer
que o Estado encaminhe, por escrito, uma proposta global, deixando
claro o que pretende, para a carreira do magistério, a fim de que a
Executiva possa avaliar e discutir com a categoria.
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