Mais de mil trabalhadores participaram do Grande Ato
Macrorregional do SINTE/SC, em Chapecó, nesta quarta-feira (02/04),
na frente da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Chapecó. O
importante evento reuniu diversos representantes das Regionais do
SINTE de Chapecó, Caçador, Videira, Campos Novos, Joaçaba,
Xanxerê, São Lourenço do Oeste, Concórdia, Maravilha, Palmitos e
São Miguel do Oeste.
O objetivo do Grande Ato foi chamar a atenção do
governo do Estado, para que retire, imediatamente, a Medida
Provisória, encaminhada, há poucos dias, à Assembleia Legislativa,
onde parcela o pagamento do reajuste do Piso Nacional, sem cumprir
compromisso assumido com o SINTE/SC, durante a greve de 2011, para
atender as reivindicações da entidade:
- Reajuste na carreira, sem parcelamentos, conforme a
Lei do Piso, retroativo a janeiro/2014;
- Descompactação da tabela salarial, valorizando a
carreira do magistério, não apenas porque é preciso estimular os
atuais professores, mas como um indicativo para as gerações futuras
quanto à opção pela carreira do magistério;
- Revogação do decreto das progressões (3593/2010) e
abono/anistia das faltas de todas as mobilizações, como forma de,
junto a outras medidas, construir um ambiente mais perene de paz,
criando condições para a melhoria das condições de trabalho ;
- Revisão da Lei 456/2009 (Lei dos ACTs).
Após as manifestações das lideranças do SINTE/SC,
das Regionais reunidas e das demais lideranças sindicais, sociais e
políticas, foi entregue ofício ao diretor geral da SDR de Chapecó,
Gilberto Ari Tomasi, que protocolou o seguinte documento:
“Diante da atual conjuntura da educação pública do
Estado de Santa Catarina, os trabalhadores em educação,
representados pelas Coordenações Regionais da Macrorregião Oeste e
parte da Macrorregião do Planalto do SINTE/SC, com apoio de
entidades sindicais de trabalhadores, movimentos sociais, autoridades
educacionais e políticas, vêm por meio deste solicitar à V. Sª
que interceda, junto ao Governador do Estado, para atender as justas
reivindicações da categoria dos Trabalhadores em Educação de
Santa Catarina:
- Reajuste na carreira, sem parcelamentos, conforme a
Lei do Piso, retroativo a janeiro/2014;
- Descompactação da tabela salarial, valorizando a
carreira do magistério, não apenas porque é preciso estimular os
atuais professores, mas como um indicativo para as gerações futuras
quanto à opção pela carreira do magistério;
- Revogação do decreto das progressões (3593/2010) e
abono/anistia das faltas de todas as mobilizações, como forma de,
junto a outras medidas, construir um ambiente mais perene de paz,
criando condições para a melhoria das condições de trabalho ;
- Revisão da Lei 456/2009 (Lei dos ACTs).
Amanhã (03/04), às 14 horas, conforme ofício emitido
pelo Secretário de Estado da Educação, será realizada audiência,
em Florianópolis, com representantes do SINTE/SC e o Secretário
Eduardo Deschamps. É fundamental que o governo apresente propostas
claras, sem caráter protelatório, como tem ocorrido, desde as
negociações, após a greve de 2011. Lembramos que o Governador e o
Secretário de Educação assumiram o compromisso, por escrito, que
atenderiam as reivindicações da categoria, e não o fizeram. Hoje,
praticamente nossa pauta é a mesma da época, pois o governo
prometeu, e não cumpriu.
Em razão de tantas dificuldades e empecilhos, na luta
por seus direitos, os trabalhadores em educação de Santa Catarina
apresentam desânimo e frustração. Se, por um lado, a categoria tem
consciência da responsabilidade e do compromisso profissional, na
formação dos cidadãos catarinenses, por outro, sofre, a cada dia,
sem vislumbrar perspectivas para o seu futuro profissional.
É justamente por isto que apelamos à V. Sª, para que,
enquanto interlocutor, junto ao governo do Estado, solicite ao
Governador que reavalie a Medida Provisória do reajuste parcelado e
as demais reivindicações, levando em conta a importância da
educação para a sociedade, tanto para o momento presente, quanto
para o futuro, destacando que a riqueza econômica do Estado de Santa
Catarina assegura a possibilidade de melhorias.
O magistério catarinense continua atento, em estado de
greve, mobilizado, e na expectativa de atitudes justas de valorização
,por parte do governo do Estado.
Chapecó, 02 de abril de 2014.
Contando com seu apoio, subscrevemo-nos,
Respeitosamente,
(assinam o ofício: todas as lideranças presentes no
Ato Macrorregional, em Chapecó)”
O encerramento do Grande Ato Macrorregional, em Chapecó, aconteceu no calçadão, após passeata dos trabalhadores em educação:
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