MP
198 volta à ALESC mas é rejeitada pela CCJ
Com
4 votos pela inadmissibilidade e 3 pela aprovação, a MP 198, que
altera a contratação e a remuneração dos ACTs, foi derrubada na
manhã de hoje, 31/03, na Comissão de Constituição e Justiça. A
volta da matéria à CCJ pegou os trabalhadores em educação de
surpresa, mas, mesmo assim, um grupo de professores/as e lideranças
sindicais estava acompanhando a sessão, e fez apitaço, no hall de
entrada da Assembleia Legislativa. Os deputados se disseram em
posição desconfortável, diante do magistério, e culpam o Centro
Administrativo, pela maneira como a proposta foi enviada ao
Legislativo.
Com
a possibilidade de a medida ser encaminhada para apreciação no
plenário, os trabalhadores em educação se mobilizaram pelas redes
sociais, e lotaram as galerias da casa. O Comando de Greve do SINTE
estava em Lages, para primeira reunião de trabalho. Entretanto, ao
saber de uma possível votação pela admissibilidade, pelos
parlamentares no plenário, imediatamente, decidiram voltar à
Capital, para unir-se aos demais trabalhadores, na mobilização.
Diante da pressão, a medida provisória nem foi colocada na pauta da
sessão de hoje, mas poderá voltar amanhã, prazo final. Após isso,
a MP é arquivada, mas o governo ainda pode reeditá-la, após 60
dias da publicação. Os trabalhadores continuarão mobilizados na
ALESC.
A
reunião do Comando de Greve foi remarcada para amanhã de manhã,
01/04. Os representantes no Comando de Greve farão avaliação do
movimento e os encaminhamentos das mobilizações para os próximos
dias, por todo o Estado. De acordo com o Coordenador Estadual do
SINTE/SC, Luiz Carlos Vieira, a greve vem ganhando cada dia mais
adesões e apoios de várias entidades que desejam uma verdadeira
mudança na educação do Estado, bem como a valorização de seus
profissionais. Os trabalhadores em educação estão cada vez mais
indignados com a posição do governo, que não sinalizou nem com a
retirada da MP 198 na ALESC, mesmo após a derrota na Comissão de
Constituição e Justiça, fruto da mobilização e determinação da
categoria, neste período em que a MP poderia ser votada.
Além
dos professores, pais e alunos estão participando das atividades e
atos da categoria, em todo o Estado. O SINTE criou a campanha
#grevesemmedo - acompanhe pelas redes sociais.
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