2ª Plenária Intercongressual
da CNTE discute Piso Salarial e Plano de Carreira
O
SINTE/SC esteve representado, no importante evento.
Encerrou,
agora há pouco, a 2ª Plenária Intercongressual da CNTE, no Hotel Nacional, em
Brasília. Desde ontem, foram discutidos, com cerca de 500 representantes de Sindicatos
de Educação de todo o País, o Piso Salarial Profissional Nacional e as
Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira dos Profissionais da Educação
Pública Escolar.
Durante
a abertura, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE), Roberto Leão, enfatizou a luta da Confederação nesses 25 anos de
unificação e destacou a necessidade de conquista do piso salarial e plano de
carreira unificados. Leão destacou: "A proposta para o debate atende um
desejo de 25 anos atrás, apresentado durante congresso, no Estado de Sergipe.
Nosso trabalho é trazer qualidade e valorização para os educadores. Com muito
empenho, conquistamos o piso nacional do magistério e agora vamos unificar o
piso e o plano de carreira para todos os profissionais em educação. Que nessa
plenária possamos construir um documento completo para entregarmos às
autoridades".
A
vice-presidente da Internacional da Educação na América Latina (IEAL), Fátima
Silva, discorreu sobre o orgulho de lutar por um ensino de qualidade. "O
nosso trabalho é melhorar cada dia mais a educação e fazer com que as metas do
PNE sejam cumpridas. Hoje estamos desenhando os próximos anos desta
confederação e resguardando o que construímos".
Marilene
Betros, diretora executiva da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil, destacou a importância da luta pela democracia. "Precisamos nos
unir em defesa da Petrobras e do destino dos recursos da educação. Não podemos
deixar o Plano Nacional de Educação ser uma letra morta. O PNE é uma conquista
que institui a valorização dos educadores".
Para
Antonio de Lisboa, secretário de Relações Internacionais da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), o Brasil vive um momento complexo em relação ao seu
crescimento. "Ainda temos muito que melhorar na educação. Estamos passando
por um processo delicado na situação do País, de profundo risco para a
democracia. É nossa responsabilidade lutar pela manutenção dos direitos
conquistados pelos trabalhadores".
Após
a abertura, foi feita a leitura e aprovação do regimento da Plenária, sob a
coordenação do presidente Roberto Leão, além de análise da conjuntura com o
presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício.
“Não
é possível resolver os problemas da educação com os professores lecionando na
situação em que eles estão hoje. É desgastante participar de um processo
educacional de uma escola sem infraestrutura adequada, que não consegue
visualizar novos materiais para desenvolver um bom trabalho. A luta pelo piso
profissional, não é simplesmente para que nossa categoria ganhe um salário
melhor, mas para que tenhamos qualidade de ensino. Se não conseguirmos resolver
os gravíssimos problemas da educação brasileira, o Brasil jamais será uma
grande economia, jamais será um País em condições de competir internacionalmente,
e jamais será um País democrático", destacou o presidente da CSI.
Durante
apresentação dos documentos de base, o secretário de Assuntos Educacionais da
CNTE, Heleno Araújo, associou a realização da Plenária com a conquista do PNE. Segundo
ele, "o debate nos leva a discutir um piso referenciado na lei do
magistério, que, pelos cálculos da Confederação, coloca esse piso para o ano de
2015, no valor de 2.650 reais. Vamos debater o desenvolvimento da carreira com
percentuais que valorizem a categoria, que mantenham os profissionais dentro da
educação e que motivem a juventude a procurar essa profissão".
Durante
a tarde de ontem, foram formados grupos de trabalho, para debater as emendas
dos projetos. Hoje, a programação continuou, com a plenária deliberativa.
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