Relatório
mesa de negociação 30/07
Após
análise da proposta de carreira apresentada pelo governo, na mesa de negociação
do dia 24/07, o SINTE solicitou uma nova reunião, para esclarecer as
divergências constatadas em relação ao novo Plano de Carreira do Magistério.
Conforme discutido na reunião da Executiva, na manhã de hoje, os pontos foram
os seguintes:
Reajuste
de 2015:
O
SINTE manteve sua posição de que seja concedido reajuste em 2015 aos
trabalhadores/as do 7A ao 12G, sejam como forma de descompactação da tabela, ou
outra forma.
Carreira:
a)
Progressão: a1) Horizontal (a cada 3 anos, 120 horas de curso, oferecidos pelo governo):
A primeira progressão dos efetivos estáveis que concluíram o estágio probatório
será em 2017. Para quem está em estágio probatório, haverá progressão ao
término do mesmo. Serão impedidos de progredir, os profissionais que possuírem
mais de 5 faltas injustificadas em sua ficha funcional. a2) Vertical (acesso à
nova habilitação): a qualquer tempo após a conclusão do estágio probatório. O
SINTE defende que o acesso se dê na mesma referência que o servidor se encontra
(exemplo: se está no 3E, vai para 4E, no novo Plano).
b)
Enquadramento: O maior problema encontrado pelo SINTE é com quem está muito
tempo na letra G da tabela atual e os aposentados. Queremos que sejam enquadrados
na letra I da nova carreira, e não na G, como propôs o governo.
c)
Gratificações: Reafirmamos a posição contrária do Sindicato à incorporação da
regência de classe, e solicitamos que o governo apresente, por escrito, como
ficarão todas as gratificações do magistério.
d)
Tabela salarial: O governo ainda não definiu, e vai apresentar, na próxima
terça-feira, 04 de agosto, os prazos de implantação da tabela salarial. O SINTE
afirmou que quer o início da descompactação, em 2015, e que ela não ultrapasse
a gestão do governo Colombo (2018), e que, nos anos de 2016, 17 e 18, a
descompactação da tabela e o reajuste do piso sejam feitos em janeiro.
Nesta
proposta do governo, está incorporada a regência de classe, os ganhos salariais
ficam em média entre 45 e 50%. Veja nas tabelas abaixo:
e)
Outros ítens da Lei 1.139 (Planos de Cargos e Salários) - Defendemos a criação de dois cargos: de
professor (professores, especialistas, consultor educacional e ATP), e Técnico Administrativo
(AES, Técnico de alimentação escolar – merendeira, Técnico em infraestrutura e
ambiente – serventes, Técnico multi meios didáticos).
f)
Jornada e hora atividade: Que a jornada seja 26,6 horas/aula à jornada de 40
horas, 20 para jornada de 30hs, 13,3 para jornada de 20hs e 6,6 para jornada 10
horas/aula, para cumprimento da hora atividade, de acordo com a Lei do Piso
Nacional.
Defendemos
que as férias, para o cargo de professor/a, sejam de 45 dias, sendo 30 dias
ininterruptos, no mês de janeiro.
g)
Reajuste do Piso Nacional: Queremos a garantia da aplicação no novo plano da
Lei do Piso, e que seja pago para todos e na carreira.
O
governo se comprometeu a apresentar a proposta final detalhada do novo Plano de
Carreira do Magistério, na próxima reunião, agendada para o dia 04 de agosto,
que será discutida na Assembleia Estadual do dia 05 de agosto.
A
mesa de negociação foi resultado da luta dos trabalhadores, durante a greve,
assim como a derrubada da MP 198, dos ACTs, com a manutenção dos mesmo na
tabela, a volta do ensino médio e licenciatura curta para a tabela, a não
retirada da regência dos ACTs, e não contratação deles como horistas, anistia
das faltas de 2012 a 2014, e abono das faltas da greve de 2015, alteração do
Decreto 3.593, das progressões, contemplando cerca de 20 mil trabalhadores, e a
revisão das regressões e não implantação da meritocracia. Mesmo assim,
continuamos negociando, para melhorar ainda mais a proposta, conforme os ítens
citados acima. Posteriormente, iremos rever também a Lei dos ACTS 456/09.
Quanto
às questões relacionadas à reposição, quem não teve contemplado o pagamento na
folha de julho, ou suplementar, referentes às faltas e o vale alimentação,
devem solicitar regularização, junto à direção da escola.
Sobre
a diferença do Imposto de Renda, descontado dos trabalhadores grevistas, o governo
afirmou que está fazendo estudo jurídico, a fim de possibilitar a devolução.
A nossa batalha na mesa de negociação também
necessita da pressão da base sobre o governo, pois o próximo passo, se
necessário, será na Assembleia Legislativa.
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