quinta-feira, 30 de abril de 2015

Informe da Estadual do SINTE

 SINTE recebe documento do governo e grupo de professores permanece acampado na ALESC

Desde terça-feira, 28/04, dezenas de professores ocuparam a Assembleia Legislativa, a partir da deliberação do Comando de Greve Estadual, de realização de Ato Estadualizado e acampamento na ALESC. A ação teve o objetivo de reafirmar que a categoria quer negociar seu plano de carreira, sem a perda de direitos, além de dar a resposta ao secretário de Educação que não há interesse do magistério em sair da greve para negociar, que a mobilização continua.
Ainda, sobre as decisões do Comando de Greve Estadual, houve a desocupação da ALESC, na tarde de hoje. Entretanto, um grupo de trabalhadores/as decidiu permanecer acampado na Casa, por tempo indeterminado. Mesmo com a deliberação da desocupação, na data de hoje, o Comando entende que os Comandos Regionais também têm autonomia em suas lutas e está apoiando a ação.
Em ato no lado de fora da ALESC, foram dados informes do movimento grevista e tocado num ponto muito importante, o apoio aos trabalhadores em educação brutalmente atacados pela PM no Paraná. As imagens que correm o mundo, da barbárie cometida pelo governo de Beto Richa, causaram dor e revolta nos professores de SC, que manifestaram seu repúdio e solidariedade, em suas falas, faixas e cartazes. O SINTE, da mesma forma, divulgou Nota de Repúdio aos violentos atos, bem como moção de apoio aos professores do Paraná.
Também, no período da tarde, o SINTE recebeu ofício do governo, em resposta ao documento enviado pelo Sindicato ao Estado, com as condições mínimas para a abertura de negociações. Por isso, foi convocada reunião extraordinária do Comando de Greve,  para o dia 04/05, quando o comando fará a avaliação do movimento, na última semana. Nos dias 04 e 05, acontecerão as Assembleias Regionais, e, no dia 06, Assembleia Estadual.

Trabalhadores/as da educação em greve manifestam repúdio à barbárie no Paraná em concentração em Chapecó

Hoje à tarde, durante concentração organizada pelo Comando Regional de Greve, do SINTE de Chapecó, na frente do prédio da Gered, trabalhadores/as da educação manifestaram repúdio à barbárie no Paraná, onde centenas de trabalhadores/as em educação foram vítimas da violência de policiais militares. Como em Santa Catarina, os/as trabalhadores/as da educação também estão em greve, na luta por manter direitos conquistados historicamente. A violência da polícia militar do Paraná está sendo divulgada pelo mundo inteiro, causando, além da indignação, muita revolta, por tratar-se justamente de ataque contra os educadores, os maiores responsáveis pelo desenvolvimento de uma sociedade.
Durante a concentração dos/as trabalhadores/as em greve, toda a categoria foi chamada a participar da Assembleia Regional do SINTE de Chapecó, no próximo dia cinco (terça-feira), às 14 horas, no auditório do antigo Colégio Bom Pastor, com entrada pelo portão da Rua Porto Alegre. A adesão à greve tem sido a maior mobilização dos/as trabalhadores/as em educação, que aguardam negociação com o governo do Estado, para não perderem direitos conquistados e garantirem recebimento do reajuste do Piso Nacional na carreira.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

PM reprime protesto de professores em Curitiba e mais de 200 se ferem

Mais de 200 pessoas ficaram feridas, sendo que oito em estado grave, durante mais um episódio de repressão da polícia do Paraná a professores da rede estadual de ensino, que estão em greve e acampados no Centro Cívico desde segunda-feira 27. Treze pessoas foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
A ofensiva ocorre em frente à Assembleia Legislativa, onde, segundo o sindicatos dos professores,  20.000 pessoas protestavam contra as mudanças na previdência para os servidores do Estado. A Polícia Militar foi escalada pelo governador Carlos Alberto Richa (PSDB) para impedir a entrada dos manifestantes na Assembleia, onde ocorre a votação. Há informações de fontes extraoficiais de que mais de 50 policiais militares que participaram da ação teriam se recusado a disparar contra manifestantes. Esse grupo estaria passando por processo de exoneração. Durante a semana, vários policiais, anonimamente, expressaram indignação com o pedido do governador Beto Richa (PSDB) com relação ao contingente de 1.500 policiais deslocados para proteger a Assembleia, número maior do que o disponível na própria cidade habitualmente.
O cenário de guerra começou perto das 15 horas, quando manifestantes, aos gritos de “sem violência” e “ei, polícia, prende o Beto Richa” começaram a forçar grades que faziam o isolamento da Assembleia, enquanto os deputados estaduais começarm a a sessão para votar o projeto de lei que altera a Paraná Previdência, e que, segundo os professores, acarretaria perda de benefícios. Agressões com cacetete e jatos de spray de pimenta foram registrados. Alguns dos atingidos revidaram contra a polícia, atirando copos de água vazios. A resposta veio com uso de bombas e balas de borracha, que continuaram a ser lançados de forma ininterrupta durante mais de uma hora. Uma creche localizada na região foi atingida, e funcionários e crianças presentes precisaram ser retirados às pressas.
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), informou, pelo Twitter, que a prefeitura foi evacuada, para atender aos feridos, que também estão recebendo os primeiros socorros no Tribunal de Justiça. Seis escolas que ficam na região suspenderam as aulas. "Parece uma praça de guerra!", escreveu Fruet, que faz oposição ao governo estadual, na rede social. Segundo ele, 34 pessoas foram encaminhadas ao hospital e mais de 100 foram atendidas. Ambulâncias não foram suficientes para o atendimento e a Guarda Municipal foi acionada para auxiliar os feridos. (El País/Brasil)
Gravação mostra o momento em que os manifestantes derrubam as grades posicionadas para isolar a Assembleia Legislativa do Paraná. Policiais reagem com bombas (Germano Assad / Fabio Tissot):

Informe da Estadual do SINTE

Nota Pública: O criador e a criatura
Ilustração de Vitor Teixeira, via Jornalistas Livres
Temos assistido, horrorizados, pelas redes sociais, os atos de barbárie perpetrados pela polícia do Paraná, sitiando os profissionais da educação, que estão em greve. É uma cena se repete, pois já aconteceu há 27 anos, quando uma manifestação dos professores do Estado do Paraná foi violentamente reprimida pelo então governador e hoje senador Álvaro Dias, que pertence ao mesmo partido do atual governador Beto Richa.
Os atos do governo atual mostram muita semelhança e pouca diferença entre hoje e 1988. A semelhança é que o partido é o mesmo, a violência é a mesma e a estratégia também. A diferença é que, em 1988, o número de professores/as feridos/as foram pouco mais de uma dezena. Agora, são mais de uma centena de manifestantes atingidos por disparos e agredidos pelos PMs, com mais de 40 feridos/as nos confrontos já encaminhados para hospitais, muitos deles/as com gravidade, e segundo fontes, o número de pessoas atendidas pela guarda Municipal passa de uma centena, inclusive, com pessoas em estado grave na UTI.
Como podemos ver, o apadrinhado político de Álvaro Dias se mostrou à altura de seu mentor, aprendeu direitinho as lições do mestre, e aumentou o nível de violência e crueldade em seus atos. Para quem, como o governador, usou o direito à livre manifestação, e saiu às ruas, nos protestos ocorridos nos dias 15 de março e 12 de abril – um direito conquistado, depois de muitos anos de luta, pelo estabelecimento da democracia no País –, a forma como o mesmo vem agindo, ignorando o preceito constitucional de livre manifestação, é uma clara afronta ao Estado democrático de direito.
O que estamos vendo é que Beto Richa usa, de forma descarada, dois pesos e duas medidas, na aplicação da lei, ou seja, age de acordo com a política de Maquiavel: “Aos meus amigos, os favores da lei, aos meus inimigos, os rigores da lei”. Sendo assim, ele deve ser responsabilizado administrativa e criminalmente por seus atos.
Seu desrespeito para com a educação é tão grande, que chegou a afirmar, em entrevista, que a polícia não deve ter curso superior, pois, se for bem escolarizada, fica difícil fazer com que obedeça cegamente as ordens superiores. O que podemos deduzir é que, para o governo do Paraná, a boa educação deve ser apenas para a elite, e não para o povo. Assim, fica fácil entender a forma como vem tratando os/as professores/as.
O SINTE/SC repudia, veementemente, o comportamento do governador Beto Richa, e é contra qualquer tipo de violência contra os/as trabalhadores/as do Estado do Paraná. A eles, o nosso respeito, apoio e solidariedade.

Moção de Apoio do SINTE/SC aos professores do Paraná

O SINTE/SC vem por meio desta prestar apoio e solidariedade aos professore/as do Estado do Paraná, vítimas da barbárie de seu governador Beto Richa, pois não podemos compactuar com tal desrespeito ao Estado democrático de direito.

Sendo o que tínhamos para o momento subscrevemo-nos fraternalmente,

SINTE/SC

Informe da Estadual do SINTE

 Professores continuam acampados na ALESC

Desde ontem (28/04), dezenas de trabalhadores em educação se mantêm acampados no hall da Assembleia Legislativa de SC, sendo que 72 pernoitaram na Casa. A Regional de Chapecó está representada na vigília, através de lideranças. A ocupação faz parte das mobilizações de greve que visam pressionar o governo para que negocie com o magistério.
Em frente à ALESC, na Praça Tancredo Neves, acontecia a Assembleia Geral dos trabalhadores/as do Poder Judiciário de SC, que decidiu manter a greve que já dura 21 dias. Após a assembleia, os servidores se juntaram aos professores, dentro da ALESC, entraram apitando e aplaudindo o magistério, que retribuiu o sentimento de força e solidariedade à luta dos/as companheiros/as.
O acampamento continua, os professores sem mantêm mobilizados. #grevesemmedo
 
 
 
 
 
 
 

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