Texto:
Vitor Santos/Agência AL
A
Bancada do PMDB na Assembleia anunciou que fechou questão contra a
admissibilidade da Medida Provisória nº 198, que fixa a remuneração
dos professores temporários (ACTs). “O PMDB fechou questão, vai
votar pela ilegalidade”, anunciou Fernando Coruja (PMDB) durante a
sessão ordinária desta terça-feira (7). Além disso, Silvio
Dreveck (PP), líder do governo, comunicou que “essa MP poderá ser
tirada no dia de amanhã (8)”.
Como
a Medida Provisória produz efeitos de lei, tecnicamente ela não
pode ser retirada de pauta, mas revogada por outra MP ou votada em
plenário. “Vou a Brasília ainda hoje, mas não iria viajar se a
MP fosse votada amanhã, ela será novamente reestudada”, declarou
Leonel Pavan (PSDB).
Luciane
Carminatti (PT) voltou a criticar o governo e foi direto ao ponto ao
demonstrar que a intenção do Executivo ao editar a MP era
economizar R$ 40 milhões. “Querem retirar R$ 40 milhões de quem
ganha pouco”, lamentou a deputada, que pediu ao governador para não
encaminhar ao Legislativo projeto de lei retirando direitos ou
reduzindo valores da regência de classe.
Dirceu
Dresch (PT) também alertou o governador Raimundo Colombo. “Que não
venha a mesma coisa da MP em um projeto de lei, daí não vai ter
acordo. Foi a MP que motivou a greve”, resumiu o parlamentar.
Eduardo
Deschamps na berlinda
Os
deputados também criticaram duramente o secretário de Estado da
Educação, Eduardo Deschamps. Rodrigo Minotto (PDT) exibiu no
plenário um vídeo no qual o secretário afirmou que “não admite
sindicalista pelego gestor de escola” e que os professores em
estágio probatório estão sujeitos à demissão se aderirem à
greve. “Ele (professor em estágio) está se fragilizando, eu não
quero demitir ninguém, mas a lei é clara”, falou o secretário.
Para
Dresch, Deschamps perdeu as condições de negociar com os
professores. “Ele se descredenciou”, avaliou o deputado. Segundo
Minotto, o secretário, “ao invés de usar o diálogo para mediar
os conflitos, abriu o verbo contra professores, ameaçando-os com
represálias”. O deputado classificou as palavras de assédio moral
e sugeriu um pedido de desculpas aos professores “como condição
para Deschamps permanecer no cargo”.
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