quinta-feira, 9 de abril de 2015

Governo estadual abre espaço para negociação com professores e apresenta novo plano de carreira para categoria

Gabriel Rosa/Diário Catarinense

Após os professores da rede estadual desocuparem a Assembleia Legislativa (Alesc) e realizarem um protesto em frente ao Centro Administrativo, na tarde desta quinta-feira, em Florianópolis, o governo de SC recebeu a direção do sindicato da categoria e sinalizou mais abertura para as negociações com os grevistas sobre o novo plano de carreira.
A retomada do diálogo acontece um dia após a retirada da Medida Provisória 198, que tratava da regulamentação dos professores admitidos em caráter temporário (ACTs) e era um dos principais motivadores da greve.
Professores devem receber o anteprojeto do novo plano de carreira ainda nesta quinta-feira e, então, marcar uma nova assembleia para decidir pela interrupção ou não da greve.
A decisão foi tomada em conversa entre a Coordenação Executiva de Negociação e Relações (Coner) e o sindicato, realizada durante o protesto que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas e foi encerrado por volta das 16h. O governador Raimundo Colombo e o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, não estavam no local.

Para não descontar dias parados, governo exige fim da greve
Após a conversa com o Coner, Luiz Carlos Vieira – coordenador do sindicato – informou, de cima do carro de som, que a partir de agora o próprio secretário Deschamps deverá assumir as negociações com os grevistas.
Segundo ele, o governador foi acionado por telefone na tarde desta quinta-feira e autorizou o diálogo com o sindicato e a apresentação do plano de carreira, mas reafirmou a posição de que o governo não dialogará com a categoria em greve.
Conseguimos derrubar a medida provisória, mas a negociação se dá com um passo de cada vez – afirmou Vieira.
Deschamps recebe a direção do sindicato ainda na tarde desta quinta-feira no prédio da Secretaria de Educação, no Centro de Florianópolis. O governo estadual informou ao Sinte-SC que os dias parados durante a greve não serão descontados na folha de pagamento sob duas condições: a apresentação de um plano de reposição das aulas e o retorno ao trabalho.

A categoria aplaudiu a primeira condição, mas se dividiu em relação à segunda. Com o plano de carreiras em mãos, os professores devem realizar uma nova assembleia estadual para votar pelo desfecho da paralisação nas próximas semanas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Convênios médicos - valores - União Sindical