Gabriel
Rosa/Diário Catarinense
Após
os professores da rede estadual desocuparem a Assembleia Legislativa
(Alesc) e realizarem um protesto em frente ao Centro Administrativo,
na tarde desta quinta-feira, em Florianópolis, o governo de SC
recebeu a direção do sindicato da categoria e sinalizou mais
abertura para as negociações com os grevistas sobre o novo plano de
carreira.
A
retomada do diálogo acontece um dia após a retirada da Medida
Provisória 198, que tratava da regulamentação dos professores
admitidos em caráter temporário (ACTs) e era um dos principais
motivadores da greve.
Professores
devem receber o anteprojeto do novo plano de carreira ainda nesta
quinta-feira e, então, marcar uma nova assembleia para decidir pela
interrupção ou não da greve.
A
decisão foi tomada em conversa entre a Coordenação Executiva de
Negociação e Relações (Coner) e o sindicato, realizada durante o
protesto que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas e foi encerrado por
volta das 16h. O governador Raimundo Colombo e o secretário de
Educação, Eduardo Deschamps, não estavam no local.
Para
não descontar dias parados, governo exige fim da greve
Após
a conversa com o Coner, Luiz Carlos Vieira – coordenador do
sindicato – informou, de cima do carro de som, que a partir de
agora o próprio secretário Deschamps deverá assumir as negociações
com os grevistas.
Segundo
ele, o governador foi acionado por telefone na tarde desta
quinta-feira e autorizou o diálogo com o sindicato e a apresentação
do plano de carreira, mas reafirmou a posição de que o governo não
dialogará com a categoria em greve.
– Conseguimos
derrubar a medida provisória, mas a negociação se dá com um passo
de cada vez – afirmou Vieira.
Deschamps
recebe a direção do sindicato ainda na tarde desta quinta-feira no
prédio da Secretaria de Educação, no Centro de Florianópolis. O
governo estadual informou ao Sinte-SC que os dias parados durante a
greve não serão descontados na folha de pagamento sob duas
condições: a apresentação de um plano de reposição das aulas e
o retorno ao trabalho.
A
categoria aplaudiu a primeira condição, mas se dividiu em relação
à segunda. Com o plano de carreiras em mãos, os professores devem
realizar uma nova assembleia estadual para votar pelo desfecho da
paralisação nas próximas semanas.
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