SINTE entrega carta à
Bancada do PSD na ALESC solicitando audiência com os deputados
O
SINTE/SC, através de seu coordenador estadual, Luiz Carlos Vieira, entregou uma
carta, deliberada pelo Comando de Greve, na manhã desta sexta-feira (17), à
bancada do PSD, na Assembleia Legislativa, solicitando audiência com os
deputados do Partido. O objetivo desta reunião com os deputados é discutir
alguns pontos da proposta do governo, para o magistério. A categoria avaliou,
na última Assembleia Estadual, que aconteceu no último dia 15, o atual projeto
apresentado pelo governo, e quer negociar muitos pontos dos quais prejudicam
o/a trabalhador/a da educação. Sendo assim, o SINTE/SC busca o diálogo com os
deputados, para pedir apoio à luta dos trabalhadores em educação, que é
legítima e justa.
O
Comando de Greve orientou, também, as Regionais para que encaminhem a carta aos
deputados de sua região. Leia a carta que será entregue aos deputados na
íntegra:
Senhor/a
Deputado/a:
Vimos,
por meio deste, solicitar uma reunião com a Bancada de seu Partido, para que
essa entidade possa ter a oportunidade de expor os motivos da continuidade da
greve, e as reivindicações do nosso movimento, o mais breve possível.
A
categoria, reunida em Assembleia Estadual, no dia 15/04, avaliou que a proposta
apresentada pelo governo contemplou algumas de nossas reivindicações, tais
como:
1)
A retirada da gratificação do incentivo de sala de aula, que representa uma
ação exclusivamente meritocrática;
2)
Inclui na tabela os níveis de Ensino Médio e Licenciatura Curta;
3)
A retirada da MP 198, com os professores ACT’s sendo equiparados na tabela aos
efetivos;
4)
A progressão será a cada três anos, com 120 horas de curso de formação.
Porém, continua com muitos pontos
questionáveis, como:
1) O engessamento da tabela, no valor de 200
milhões, não colocando mais dinheiro para que efetivamente a tabela seja
descompactada;
2)
Incorporação da regência, mecanismo que o governo usa para fazer a
descompactação;
3)
O reajuste estará vinculado diretamente à variação do percentual do Fundeb do
ano anterior, até atingir 40% da diferença entre os níveis do ensino médio e
Licenciatura Plena;
4)
As aulas excedentes serão diminuídas gradativamente, e o valor de cada aula
será de 5% referente ao valor do vencimento de março de 2015;
5)
A hora atividade poderá ser cumprida da seguinte forma: 50% na escola e 50% em
local de livre escolha pelo professor;
6)
A contratação dos ACTs se dará de duas formas: por módulo e como como horista.
No caso do horista, quando a quantidade de aulas não atingir a carga horária
dos módulos somados com a hora atividade;
7)
O enquadramento na proposta de estudo, apresentada anteriormente pelo governo,
seria por tempo de serviço e formação, já na nova proposta apresentada será
pela formação e letra em que o/a trabalhador/a se encontra;
8)
O governo analisa a transformação do incentivo à sala de aula, em prêmio por
desempenho da escola, a ser aplicado para todos os profissionais da unidade
escolar, de acordo com avaliações de aprendizagem, assiduidade e outros
requisitos a serem definidos, ou seja, isso significa que a meritocracia irá
continuar.
Essa
é uma greve de resistência, para garantir a manutenção de direitos, e segue até
este momento pela força da mobilização. No conjunto da atual proposta, a
questão financeira foi rebaixada, pois nenhum elemento novo foi colocado, ou
seja, nenhum dinheiro a mais, apenas a redistribuição na tabela dos 200 milhões
já existentes.
O
governo deixou claro que as negociações somente serão reestabelecidas com o
final da greve. Isso, a categoria não aceitou, por que todas as vezes que ela
negociou, depois da volta ao trabalho, o governo não cumpriu os acordos
estabelecidos.
Diante do exposto agradecemos desde já o apoio,
Nenhum comentário:
Postar um comentário