Aos 68 dias de greve SINTE se
reúne com governo para tentar reabrir as negociações
Representantes
do Comando de Greve, CNTE, ALESC e governo reuniram-se, ontem, às 9 horas, na
Fundação Escola de Governo – ENA -, em Florianópolis. O encontro foi
intermediado pela CNTE, numa tentativa de reabertura de negociações, uma
posição também defendida pelo representante da Assembleia Legislativa, Adelcio
Machado, que reafirmou que a negociação não pode partir do zero, como apontou o
governo, pois, até então, desde as mesas de 2011, os debates não chegaram a
lugar nenhum. O governo afirmou que a minuta do termo de acordo, que foi
rejeitada na Assembleia do dia 15/05, zerou o processo, e que, no momento, não
tem nada para apresentar, mas que deve iniciar uma nova fase de negociações.
O
Comando reafirmou que o governo não pode ignorar o processo que foi construído
até o momento, e isso é o extremo. A categoria rejeitou o termo de acordo, por
que não confia em uma mesa de negociação, vejamos os exemplos anteriores, que
não evoluíram, e foi apenas enrolação, por culpa do próprio governo, que não se
acertou internamente, para homologar as decisões da mesa de estudos, após a
greve de 2011.
Marta
Vanelli, Secretária Geral da CNTE, disse que a discussão da carreira não é
simples, e tem dúvidas se, em 30 dias, a mesa tem condições de discutir com
profundidade, é um desafio. Além disso, temos que ter como horizonte a Meta 17
e 18 do PNE. Quanto à carreira/tabela, existem várias questões que necessitam
ser definidas, tais como: prazo de implantação, dispersão da carreira,
reenquadramento, percentual entre os níveis e referências.
O
representante da ALESC, Adelcio Machado, afirmou que não devemos deixar que a
mesa se perca, temos que aproveitar essa oportunidade, e não existe outra forma
de resolver a questão da carreira e da greve. A responsabilidade de resolver o
problema é nosso, ninguém vai solucionar.
O Comando de Greve Estadual deve avaliar a
audiência, em reunião marcada para a próxima segunda-feira, 01/06, em Campos
Novos, e divulgar nota política sobre o assunto.