Com
mais de duzentos alunos, a Escola de Ensino Fundamental Professor Edvino Huppes,
em Coronel Freitas, continua sem o cumprimento das promessas feitas pela Gerência
Regional de Educação, há quase dois meses. A Escola foi completamente alagada
pela lama, que tomou conta daquele município, no início da manhã do dia 14 de
julho deste ano. O alagamento ocorreu, em função das fortes chuvas registradas
na região. Até hoje, móveis, equipamentos e materiais didáticos não foram
repostos, na EEF Edvino Huppes, o que vem dificultando as atividades dos/as
trabalhadores/as em educação que lá atuam.
Em
estado de abandono, aquela unidade escolar não conta sequer com britas
suficientes, para conter a lama formada pelas chuvas, por todo o pátio. Ainda,
a falta de cercas denuncia total insegurança do local. Na sala dos professores,
a maioria das portas dos armários é mantida fechada, com fitas adesivas. A
Gerência Regional de Educação chegou a encaminhar duas impressoras à escola, ambas
com defeito. Como se não bastasse o completo abandono da unidade escolar, a
partir do pátio do prédio, a Secretaria de Estado da Educação também não enviou
novos exemplares dos livros didáticos aos alunos, o que dificulta a
aprendizagem.
Um
grupo, formado pela Coordenadora Regional do SINTE de Chapecó, professora Zigue
Timm, professoras, estudantes e mães, reuniu-se, hoje, na Escola Edvino Huppes,
de onde saiu, rumo ao Fórum de Coronel Freitas. Diante da preocupante situação,
o grupo entregou ofício, no início da tarde desta terça-feira, relatando os
fatos, ao Promotor João Paulo de Andrade, da Promotoria de Justiça da Comarca
de Coronel Freitas, solicitando imediatas providências:
“A
Coordenação Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE) de
Chapecó solicita providências, por parte desta Promotoria, quanto ao estado de
abandono em que se encontra a Escola de Ensino Fundamental Professor Edvino
Huppes. Em 14 de julho deste ano, fortes chuvas causaram alagamento, com lama,
na referida unidade escolar. Os trabalhadores em educação, por nós
legitimamente representados, agiram com responsabilidade, para salvaguardar
móveis, equipamentos e materiais da Escola, além de somar esforços, junto com
as demais equipes, para a retirada de toda a lama e a limpeza do prédio.
Lamentavelmente,
apesar de todos os esforços dos nossos trabalhadores, muitos móveis foram
danificados e perdidos, como também materiais e livros didáticos. Na
oportunidade, a Gerência Regional de Educação visitou a referida Escola, e
prometeu repor os móveis, equipamentos e materiais didáticos, incluindo os
livros. Neste sentido, reportagens foram
veiculadas, na época, em diversos meios de comunicação, tratando sobre os
referidos prejuízos na unidade escolar.
Passados
quase dois meses da catástrofe que se abateu sobre o município de Coronel
Freitas, a Escola de Ensino Fundamental Professor Edvino Huppes apresenta,
hoje, visível estado de abandono, quanto às condições dignas de trabalho.
Conforme os trabalhadores em educação, que lá atuam, a Gerência Regional de
Educação encaminhou brita insuficiente, já que a lama continua tomando conta do
pátio da Escola (provas, através de fotos, em anexo). O ginásio da escola,
local das práticas pedagógicas da disciplina de Educação Física, continua
fechado, por conta da sujeira e lama. Sem muro, ou qualquer outro tipo de
cerca, a unidade escolar apresenta visível estado permanente de insegurança, o
que piora, ainda mais, a situação. Também, os professores receberam alguns
livros didáticos, enquanto não foram repostos os livros dos alunos.
Para
V. Sª ter uma ideia do estado lastimável da EEF Edvino Huppes, os armários da
sala dos professores só permanecem fechados, com fitas adesivas (fotos em
anexo). De acordo com relato dos trabalhadores da Escola, a Gerência Regional
encaminhou duas impressoras, ambas com defeito.
Abandonada
pelo governo do Estado, responsável legítimo e legal pelo bom funcionamento do
estabelecimento de ensino, a Escola Edvino Huppes conta, hoje, com doações da
comunidade local, que já encaminhou armários usados, louças e outros materiais
pedagógicos.
Como
representante legítima dos trabalhadores em educação, a Coordenação Regional do
SINTE de Chapecó solicita à V. Sª, providências imediatas, para sanar os
problemas enfrentados, diariamente, pela comunidade escolar da EEF Professor
Edvino Huppes. Há quase dois meses, professores, estudantes e demais
trabalhadores da Escola são obrigados a improvisar, para darem continuidade ao
processo de ensinar e aprender, no espaço da escola, para contribuir na
formação plena das filhas e dos filhos da sociedade de Santa Catarina.
No aguardo de vossa providência,
subscrevemos,
Respeitosamente,
(ass.) Elisabeth Maria Timm Seferin
Coordenadora Regional
SINTE Chapecó”
As condições atuais da Escola de Ensino
Fundamental Professor Edvino Huppes, em Coronel Freitas:
O grupo reuniu-se na unidade escolar, e seguiu para o Fórum:
A professora Eleandra Chiocheta recebe felicitações, pelo aniversário, hoje. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário