quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Substituição de professores ACTs das Apaes por dinheiro é mal recebida na Assembleia

Texto: Vítor Santos – Foto: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL

A intenção do governo do Estado de substituir, em 2016, os cerca de 2,7 mil professores temporários (ACTs) que atuam nas Apaes pelo repasse de recursos financeiros diretamente às instituições foi mal recebida pelos deputados. “A Federação das Apaes é contrária à substituição de profissionais com contrato temporário por repasses financeiros”, informou Valdir Cobalchini (PMDB), durante a sessão desta terça-feira (22) da Assembleia Legislativa. “Já recebi várias manifestações de professores e pais de alunos contrários à iniciativa”, contou o parlamentar.
Luciane Carminatti (PT) afirmou que a comunidade apaeana está apreensiva. “Todo ano o governo publica edital para contratar professores para atuarem na educação especial, este ano ainda não foi publicado, quase 3 mil professores estão aguardando esse edital”, descreveu a parlamentar, que questionou qual será o status do profissional contratado diretamente pela Apae. “Serão professores? Cuidadores? Será garantido salário equivalente ao de professor”, perguntou a deputada.
Carminatti lembrou que o Sistema Acafe, beneficiário do repasse de bolsas do artigo 170, recebeu a primeira parcela apenas em abril de 2015. “Não podemos permitir que a educação especial tenha esse tratamento, as Apaes não vão conseguir manter a qualidade do atendimento”, avaliou a representante de Chapecó.
Luiz Fernando Vampiro (PMDB), membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, concordou com os colegas. “O reclame é geral e consistente, a formatação está equivocada, não se pode desprezar a qualificação dos profissionais”, explicou Vampiro. Para Antonio Aguiar (PMDB), os atuais professores têm know how e entendem os deficientes.
Maurício Eskudlark (PSD) disse esperar que o governo atenda a reivindicação das Apaes e renove contratação dos ACTs por mais um ano.  “Existem questões previdenciárias e contratuais que as Apaes terão de assumir”, justificou Eskudlark. Já Leonel Pavan (PSDB) cobrou um debate mais amplo sobre a matéria.

Deputada Estadual Luciane Carminatti - Vice-Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto - ALESC:


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