terça-feira, 22 de setembro de 2015

Informe da Estadual do SINTE

Governo e FCEE querem se eximir da contratação de profissionais às APAEs

Mais uma vez, o governo estadual tenta se eximir de sua responsabilidade com a população. Desta vez, as vítimas são os 18 mil usuários das APAEs, pois o governo pretende substituir a contratação dos/as professores/as ACTs, por repasse financeiro às instituições (APAEs), para que, em tese, cada uma delas tenha autonomia, nas contratações destes/as profissionais.
Na prática, isto pode retirar das salas de aula, profissionais qualificados/as, para o acolhimento de pessoas que necessitam de atendimento específico e especializado. O rompimento brusco do contato afetivo e de confiança, estabelecido entre alunos/as e professores/as, afetará muito o seu desenvolvimento cognitivo. Por isso, para o SINTE/SC, isto é inaceitável, pois sempre defendemos uma educação de qualidade para todos/as.
De acordo com declaração dada pela Fundação de Educação Especial, ao Diário Catarinense, a responsabilidade sobre o futuro destes/as profissionais passa por uma decisão do grupo gestor. Desta forma, a Fundação também se exime da responsabilidade, e quem assume é um grupo que nada sabe da educação, especialmente, de pessoas portadoras de necessidades especiais. Trata-se de um grupo que só sabe gerir a máquina administrativa, cuja tarefa principal é massacrar os/as trabalhadores/as, e que jamais levará em conta os fatores emocionais e pedagógicos, importantíssimos para o desenvolvimento humano dessas pessoas, que precisam da garantia da contratação de profissionais capacitados para atuarem nas APAEs.
Com relação aos profissionais ACTs, que já atuam nas APAEs, com a indefinição sobre a publicação do edital para as vagas na FCEE, estes, mesmo capacitados para o atendimento a portadores de necessidades especiais, podem se inscrever para o processo seletivo geral  dos ACTs, já aberto pela SED, o que pode criar uma lacuna à contratação nas APAEs, como a falta de trabalhadores especializados para a função, o que, mais uma vez, vai acarretar empobrecimento pedagógico para os usuários, que, com certeza, terão que ser atendidos por pessoas sem o conhecimento necessário na área. Além disso, cabe destacar que a contratação, feita diretamente pelas APAEs, não nos dá garantias que estes/as trabalhadores/as receberão, no mínimo, o pagamento do Piso Nacional, já garantido através de muita luta, junto ao governo do Estado.
Sendo assim, o SINTE reafirma, com veemência, sua contrariedade a este projeto, e repudia toda forma do Estado de se desresponsabilizar em qualquer área da educação, do princípio da igualdade e qualidade de aprendizado para todos/as os usuários do sistema público.

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