(Texto:
Lucio Baggio - AGÊNCIA AL)
A
Comissão de Educação, Cultura e Desporto promoveu, no final da manhã desta
quarta-feira (16), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, uma audiência
pública com o objetivo de ouvir o posicionamento das entidades que compõem o
Fórum Estadual da Educação (FEE) sobre o Plano Estadual de Educação (PEE), que
tramita no Parlamento como o Projeto de Lei (PL) 227/2015. A deputada Luciane
Carminatti (PT), que propôs a realização da audiência, destacou que o objetivo
é debater diretamente com os deputados da comissão sobre as sugestões feitas
pelas entidades e que foram apresentadas como ementas ao PEE.
"A
Secretaria de Educação instituiu o Fórum Estadual de Educação que é composto
por mais de 20 entidades que representam o debate da educação. Este fórum
elaborou uma série de emendas e sugestões ao plano e várias delas não foram
incorporadas ao texto original do projeto". Luciane defendeu a aproximação
com os parlamentares da comissão de mérito. "Quem sabe assim consigamos
acrescentar algumas emendas para melhorar o texto enviado pelo governo".
Aldoir
José Kraemer, secretário de Assuntos Educacionais e Culturais do Sinte/SC,
entidade que representa os trabalhadores da educação, entregou ao presidente da
comissão, deputado Valdir Cobalchini (PMDB), um ofício detalhado com as
proposições prioritárias de emendas defendidas pela entidade. A peça aponta a
qualidade do ensino como o nó a ser desatado, posto que a universalização
estaria praticamente alcançada. "As questões que propomos, consideramos
importantíssimas para a sociedade", defendeu o secretário.
Kraemer
apontou o financiamento da educação, a valorização do magistério e a discussão
sobre tolerância para a integração das minorias no debate educacional tanto na
questão de gênero, quanto na questão religiosa e racial, como as principais
ações. "Também precisamos resolver equações que estão colocadas como a
questão do alto número de ACTs admitidos em caráter temporário. Temos hoje 40%
do nosso quadro que não são quadros efetivos."
O
secretário do Sinte destacou ainda a necessidade de uma legislação em Santa
Catarina que regulamente a aplicação dos recursos oriundos do petróleo na
educação. "Há uma previsão nacional já para isso, de 75% dos recursos
serem aplicados na educação. Nós, aqui no estado, não temos o piso salarial
aplicado na carreira. Isso tem ocasionado um prejuízo tão grande que hoje nós
temos o terceiro pior piso salarial do país ao nível de graduação."
Plano
consensual
O
deputado Valdir Cobalchini (PMDB) pretende com a audiência construir um plano
que contemple os anseios da sociedade e principalmente daqueles envolvidos com
a educação. "Estamos trabalhando paralelamente à Comissão de Finanças para
que a partir daí tenhamos fisicamente o projeto para que possamos redigir nosso
relatório com as emendas que foram apresentadas para levá-lo a plenário. Esse é
nosso grande objetivo e de preferência de forma consensual para que tenhamos
uma deliberação tranquila", destacou o parlamentar.
Também participaram da audiência o professor
Moacir Pedro Rubini, secretário de Políticas Educacionais e Qualificação
Profissional da União Geral dos Trabalhadores de Santa Catarina (UGT); a
conselheira do FEE, Alvete Bedin; o presidente da União Catarinense de
Estudantes, Yuri Becker dos Santos; o diretor-geral do Instituto de Diversidade
Sexual da Grande Florianópolis (Roma), Fabrício Lima; Mário Silva, da CUT; José
Ribeiro, do Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes (CEPA); e os
deputados Gabriel Ribeiro (PSD), Gean Loureiro (PMDB), Rodrigo Minotto (PDT) e
Natalino Lázare (PR).
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