Nota sobre os acontecimentos
da Assembleia Estadual do dia 03 de junho
Em
reunião realizada no dia 09/06, a Direção Executiva do SINTE/SC vem a público
repudiar os atos violentos e ofensas verbais praticados contra seus
diretores/as e funcionários/as, durante as assembleias e manifestações da greve
de 2015.
Em
seus quase 50 anos de história e luta (desde a ALISC), esta entidade e a
categoria desenvolveram uma histórica luta em defesa da valorização do
magistério. Por isso, não pode compactuar com a violação dos direitos dos
profissionais que trabalham e atuam na entidade sindical. Além disso, a defesa
das propostas debatidas, durante a Assembleia, precisam ser respeitadas; caso
contrário, estaremos tentando impor, pela violência e intimidação, a vontade de
um grupo, em detrimento de outro.
A
política do SINTE/SC sempre primou pelo respeito à diversidade de pensamento
das correntes políticas existentes em sua base. Por isso, entende que os
diferentes grupos que fazem parte de seus/as filiados/as devem ser aceitos e
entendidos, pois é nesta pluralidade de ideias que se baseia o princípio
democrático. Porém, quando a discussão de ideias perde para a violência e a
falta de respeito, ocorre um retrocesso histórico sem precedentes, e difícil de
ser recuperado.
Desde
2011, as assembleias estaduais, que, até então, mesmo com opiniões divergentes,
eram espaços de discussão dos interesses da categoria, agora estão sendo usadas
de forma totalmente diferente, tornando-se palco de ataques a integridade
física e moral de pessoas e destruição da imagem da entidade.
As
duas últimas assembleias estaduais do SINTE/SC, realizadas no dia 14/05, em
Biguaçu, e no dia 03/06, em Chapeco, não fugiram à regra. Elas extrapolaram a
discussão política, para se tornarem locais, onde, além das já costumeiras
agressões verbais, ofensas e falta de respeito, um grupo de pessoas perdeu
totalmente o bom senso e a compostura, partiu para a agressão física. Não foi
diferente, nas últimas reuniões do Comando de Greve, que seguiram no mesmo tom
de ameaças verbais e físicas.
O
que sentimos e presenciamos foi uma prática que coloca em cheque, não apenas um
grupo de pessoas, mas, sim, toda uma categoria, que, em seu dia a dia, tem a
responsabilidade de trabalhar com crianças e adolescentes, e, certamente, este
não é um bom exemplo. Por isso, perguntamos: Esta é a imagem que queremos
transmitir à sociedade e aos/as estudantes?
É
preciso esclarecer qual a verdadeira intenção, escondida por trás do discurso
inflamado e raivoso contra pessoas, sempre alegando a defesa da categoria. Será
isto mesmo que nossa base deseja ver e ouvir?
A
luta do Sindicato sempre será em defesa dos direitos da categoria, e não
admitirá que a regência de classe seja usada como moeda de troca, para que o
governo faça a descompactação da tabela salarial, reajustando nominalmente o
salário inicial dos/as profissionais da educação, e muito menos que qualquer
política seja implantada na contramão das conquistas do magistério catarinense.
Pensamos que o respeito às pessoas e à entidade é
fundamental, e a defesa dos direitos da categoria deve se sobrepor às disputas
internas. Não podemos perder o foco, pois temos responsabilidade sobre nossos
atos, e, cedo ou tarde, iremos responder por eles.
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