terça-feira, 9 de junho de 2015

Informe da Estadual do SINTE

Nota sobre os acontecimentos da Assembleia Estadual do dia 03 de junho

Em reunião realizada no dia 09/06, a Direção Executiva do SINTE/SC vem a público repudiar os atos violentos e ofensas verbais praticados contra seus diretores/as e funcionários/as, durante as assembleias e manifestações da greve de 2015.
Em seus quase 50 anos de história e luta (desde a ALISC), esta entidade e a categoria desenvolveram uma histórica luta em defesa da valorização do magistério. Por isso, não pode compactuar com a violação dos direitos dos profissionais que trabalham e atuam na entidade sindical. Além disso, a defesa das propostas debatidas, durante a Assembleia, precisam ser respeitadas; caso contrário, estaremos tentando impor, pela violência e intimidação, a vontade de um grupo, em detrimento de outro.
A política do SINTE/SC sempre primou pelo respeito à diversidade de pensamento das correntes políticas existentes em sua base. Por isso, entende que os diferentes grupos que fazem parte de seus/as filiados/as devem ser aceitos e entendidos, pois é nesta pluralidade de ideias que se baseia o princípio democrático. Porém, quando a discussão de ideias perde para a violência e a falta de respeito, ocorre um retrocesso histórico sem precedentes, e difícil de ser recuperado.
Desde 2011, as assembleias estaduais, que, até então, mesmo com opiniões divergentes, eram espaços de discussão dos interesses da categoria, agora estão sendo usadas de forma totalmente diferente, tornando-se palco de ataques a integridade física e moral de pessoas e destruição da imagem da entidade.
As duas últimas assembleias estaduais do SINTE/SC, realizadas no dia 14/05, em Biguaçu, e no dia 03/06, em Chapeco, não fugiram à regra. Elas extrapolaram a discussão política, para se tornarem locais, onde, além das já costumeiras agressões verbais, ofensas e falta de respeito, um grupo de pessoas perdeu totalmente o bom senso e a compostura, partiu para a agressão física. Não foi diferente, nas últimas reuniões do Comando de Greve, que seguiram no mesmo tom de ameaças verbais e físicas.
O que sentimos e presenciamos foi uma prática que coloca em cheque, não apenas um grupo de pessoas, mas, sim, toda uma categoria, que, em seu dia a dia, tem a responsabilidade de trabalhar com crianças e adolescentes, e, certamente, este não é um bom exemplo. Por isso, perguntamos: Esta é a imagem que queremos transmitir à sociedade e aos/as estudantes?
É preciso esclarecer qual a verdadeira intenção, escondida por trás do discurso inflamado e raivoso contra pessoas, sempre alegando a defesa da categoria. Será isto mesmo que nossa base deseja ver e ouvir?
A luta do Sindicato sempre será em defesa dos direitos da categoria, e não admitirá que a regência de classe seja usada como moeda de troca, para que o governo faça a descompactação da tabela salarial, reajustando nominalmente o salário inicial dos/as profissionais da educação, e muito menos que qualquer política seja implantada na contramão das conquistas do magistério catarinense.
Pensamos que o respeito às pessoas e à entidade é fundamental, e a defesa dos direitos da categoria deve se sobrepor às disputas internas. Não podemos perder o foco, pois temos responsabilidade sobre nossos atos, e, cedo ou tarde, iremos responder por eles.

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